VITRINE ONLINE, DE IBIÚNA, É CONVIDADA A “PARIS FASHION WEEK”

O primeiro contato foi breve, via in box, até demos uma sumária nota no Facebook de que tínhamos sido descobertos pela França. Dias atrás, no entanto, fomos surpreendidos por dois gratos convites: um para participar da abertura da “Paris Fashion Week”, moda inverno,  no dia 11 de março, às 17h30, na Maine du 4, Place Baudoyer; outro para ouvir a apresentação por Bernard Chandrans que fará um preview da mostra no dia 7, seguido de uma sessão para fotógrafos e cinegrafistas de moda de todo o mundo.

Este segundo evento será realizado no Espace Pierre Cardin, 1-3 avenue Garieu. Ambos os convites são muito elegantes esteticamente e pedem confirmação de recebimento e presença. Como ainda não havia me manifestado, de modo gentil, me enviam uma lembrança iniciada por “Hello, We hope you are well” [Ola!, Esperamos que esteja bem”] e segue adiante. A Alexandre Boulais Communication, assessoria de Imprensa da “Paris Fashion Week”, na capital mundial da moda, profissionalmente nos orienta e fornece detalhes.

Fico pensando como vitrine online foi descoberta pelo milagre da Internet e, como ela leva para o mundo, notícias aqui da nossa gente ibiunense e como precisamos estar conscientes do que escrevemos e noticiamos, mantendo compromisso contínuo com a busca da verdade perante nossos leitores,  que valorizamos como eixo de referência todos os dias do nosso trabalho. Alguém nos viu, nos leu, do outro lado do Atlântico, e nos convida para uma festa e tanto “olalá!”. Ir aos cafés, símbolos da cultura de Paris, pontos de encontros de grandes filósofos, poetas, pintores, dramaturgos…

Imaginem, principalmente as mulheres, estarem ali bem perto da passarela e ver em primeiríssima mão a nova tendência da moda inverno para 2015-2016, mesmo antes que os produtores da TV Globo enviem seus espiões para se inspirarem no vestuários de atores e atrizes de suas próximas novelas.

Bem, mas enquanto lia os convites, internamente me perguntava se seria capaz de fazer uma boa crítica de moda, porque roupa é muito mais do que cobrir o corpo, dizem os estilistas graduados. É uma manifestação cultural da maior importância que movimenta bilhões de dólares por ano e nos serve de embalagem para os diversos momentos de nossa vida social, profissional e da nossa estética pessoal. Já repararam como gente bem vestida é recebida e tratada? Nem precisamos  ir muito longe para saber que a roupa responde por 47% de nossa imagem pública, conforme estudo das lembranças que ficam de nós na mente dos outros nos ouvem e nos veem.

Pensei da pesquisa de estética que fiz [tive num momento que dar aula sobre este tema] e especialmente do longo estudo da psicologia da Gestalt [que teoriza a forma como percebemos os objetos]. Mas acho mesmo que deverei confiar em tudo aquilo que vi as pessoas vestirem e agir como ajo quando ouço música, com simplicidade. Beleza é beleza e não há quem não a reconheça por meio dos próprios sentidos naturais, graças aos grandes serviços prestados para a humanidade pela feiura.

Então, lá vamos nós, Paris, Ibiúna?

PS.: Soubemos, agora há pouco, que o Téo Pereira, o blogueiro da novela Império, ficou mordendo o cotovelo de inveja, quando soube. Ligou imediatamente para a “miss Santa Catarina” e exigiu: procure saber agora por que não fomos convidados. Ai, cruzes, quem é esse editor da vitrine online, quero conhecer imediatamente!”

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.