VARGEM GRANDE PAULISTA CONSTRUIRÁ UM CEMITÉRIO VERTICAL

A Prefeitura de Vargem Grande Paulista deverá iniciar, no segundo semestre deste ano, a construção de um novo cemitério. A novidade é que o novo espaço será vertical e com capacidade para 600 sepultamentos. O investimento previsto para sua execução é cerca de R$ 2 milhões, que sairão do orçamento da Secretaria de Planejamento Urbano e Obras Municipais.

O prefeito Roberto Rocha declarou que o cemitério vertical, considerado ecologicamente correto, será construído numa área de 526,33 m2, dentro do atual cemitério municipal, no bairro Ruth Maria, no lugar onde está atualmente a capela.

“O cemitério municipal já está cheio e não dispomos de mais vagas, nem de espaço suficiente para ampliá-lo. Além disso, a Cetesb não está autorizando a liberação de outros espaços. Recentemente utilizamos a última área perdida que havia e conseguimos criar mais 80 vagas. Mas a solução para maximizar o espaço foi o cemitério vertical, que é uma construção moderna, diferente e que preserva o meio ambiente”, explicou o prefeito.

O prédio terá 433 metros quadrados de área construída, podendo ser ampliado verticalmente, com 600 gavetas rotativas, paisagismo, jardim, administração, velário e capela ecumênica.

O processo licitatório para contratação da empresa que executará a obra já está em andamento, informou o secretário de Planejamento Urbano, Walter Mateus.

Cemitérios verticais

O mais antigo cemitério vertical no Brasil – Cemitério São Miguel e Almas – foi inaugurado em Porto Alegre em 1930. Existem cemitérios verticais em São Paulo, Santos, Brasília, Curitiba, Suzano e em outras localidades. O de Santos, construído na década de 1980 é composto por três prédios e considerado o mais completo do mundo com milhares de lóculos, ossários, crematório, urnas, cinerário, capela. Sua unidade mais alta alcança 108 metros, equivalentes a um prédio de quarenta andares.  Por suas características únicas entrou para Guiness Book of Records em 1990, como o mais alto do mundo.

A tendência de se construírem cemitérios verticais resulta de alguns fatores como a falta de espaço, como é o caso de Vargem Grande Paulista, mas sobretudo por ser uma solução ecologicamente correta, pois os cemitérios tradicionais, com sepultamento na terra, provocam diversos danos à natureza, entre os quais a contaminação dos lençóis freáticos.

 

 

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.