DEPUTADOS DECIDEM NESTE DOMINGO SE APROVAM OU REJEITAM A ABERTURA DE PROCESSO DE IMPEACHMENT CONTRA DILMA
A Câmara dos Deputados votará a partir da tarde deste domingo (17) para decidir se aprova ou não o pedido de abertura de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Para aprovar o processo serão necessários 342 votos, ou seja, 2/3 dos 513 deputados federais.
Se for rejeitado, será arquivado, mas se for aprovado seguirá para o Senado que é o órgão responsável pelo julgamento propriamente dito. Se o processo for aberto (aprovado), quando chegar ao Senado e este instaurar seu prosseguimento, a presidente será afastada de suas funções.
O prazo para finalizar o processo é de 180 dias. Para aprovar o impeachment é necessário maioria simples, ou seja, 41 dos 81 senadores.
Nesse caso, assumirá o vice-presidente e se este também for afastado, tomará posse no cargo o presidente da Câmara que, no entanto, ficará pouco tempo no cargo tendo que convocar nova eleição presidencial, que poderá ser direta ou indireta dependendo do momento em que a situação se configurou, se dois primeiros anos ou nos dois últimos anos do mandato presidencial.
TENDÊNCIA
Os trabalhos de sondagens das tendências de votos, tanto das mídias impressas quanto eletrônicas, se intensificaram nestes dias de depoimentos a favor e contra a abertura do processo de impeachment contra Dilma. Mostraram o esforço concentrado do ex-presidente Lula que se entrincheirou num hotel em Brasília para tentar de todos os modos obter apoio dos parlamentares e as ofertas de cargos em troca de votos. Os analistas políticos, num trabalho incansável, procurando traduzir as movimentações e jogos de cena para influenciar os resultados de amanhã. Quem observou e acompanhou atentamente toda essa movimentação pode deduzir que será uma grande surpresa se a abertura do processo de impeachment não passar. Uma situação de imensa crise política e econômica é o pano de fundo do que acontecerá neste domingo.
E, por isso mesmo, é preciso lembrar que a votação será aberta e nominal de cada deputado, sob o foco da população brasileira e da qual fazem parte os eleitores.