AGORA, FAMÍLIA DE MICHEL MARCICANO SÓ QUER UMA COISA: “JUSTIÇA”

michel velório

“O sofrimento vai permanecer como uma ferida aberta, mas agora não vamos mais chorar e sim lutar por justiça”, afirmou Fernanda Marcicano Granjeiro à vitrine online hoje (6) à tarde no velório do seu irmão, Michel Willians Marcicano, morto cruelmente no dia 20 de maio, aos 33 anos, quando seu corpo foi encontrado carbonizado no banco traseiro de seu automóvel, um Fiat branco.

michel 3Fernanda é a irmã mais velha de Michel e, portanto, o conhecia desde que ele nascera e o viu crescer. “Desde criança, ele era uma pessoa que só fazia o bem e jamais, em toda a sua vida, distinguiu uma pessoa de outra. Era sempre igual para todos, uma pessoa maravilhosa. Mesmo quando tinha motivo para se sentir ofendido por alguém, logo esquecia, e voltava a compor o sorriso aberto que faz parte da imagem que o marcará para sempre em nossa memória e de todos que o conheceram.”

“As pessoas que nos vem trazer condolências têm nos surpreendido com histórias, todas lindas do meu irmão, e podemos saber que era muito amado e isso nos reconforta e confirma o que sempre sentimos por ele.”

Fernanda

Mas não só Fernanda espera por justiça. Muitas pessoas que compareceram ao velório que teve início hoje no Salão Paroquial da Igreja Matriz de Ibiúna, no Centro da cidade, também disseram esperar que as autoridades, especialmente da Polícia Civil de Ibiúna, cheguem a quem cometeu a atrocidade que comoveu a população do município e repercutiu por todo o País.

Ricardo (Garça) Cury, um dos seus muitos amigos, sugeriu ao pai de Michel, Jamil Marcicano, que nesta quinta-feira (7), às 14 horas, quando o corpo for levado para o cemitério Alto da Figueira, onde será sepultado, que seja feito um trajeto a pé pela rua XV de Novembro.

Segundo Ricardo é uma forma de lembrar o quanto sua presença era constante ali e de gratidão pelo apoio recebido dos lojistas, tanto desta rua quanto da rua Pinduca Soares, que o ajudaram a compor os eventos que promoveu na cidade, como festas de casamentos, desfiles de moda, formaturas. Jamil aprovou esse procedimento.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *