BRASIL – PARA QUÊ LER ESSE ENSAIO SE É SOBRE CORRUPÇÃO TURBINADA POR POLÍTICOS E EMPRESÁRIOS AMORAIS?
Engenheiro e elitista, é incrível o tom de frieza com que o ministro da Fazenda, Henrique de Campos Meirelles, anuncia [isso aconteceu nesta quarta-feira, 19] estar fazendo cálculos para autorizar o percentual de aumento sobre os preços dos combustíveis a fim, mais uma vez, de compensar o crônico déficit do governo federal.
Simples assim é governar, ao estilo de Donald Trump. Pega a caneta e transfere para as costas do povo brasileiro as ações de um estado tão falido ética e moralmente quanto escasso de crédito e sem rumo, em meio a marolas da maior corrupção da história já havida no Brasil, protagonizada pelas mais “altas” “otoridades” dos poderes Executivo e Legislativo e empresários sem nenhum escrúpulo.
O que está em andamento – a permanência de Michel Temer na Presidência ou sua substituição inicialmente pelo deputado Rodrigo Maia (DEM), depois da decisão que for tomada no início de agosto pelo plenário da Câmara Federal [se autoriza ou não o Supremo Tribunal Federal julgar Temer por crime de corrupção passiva] é um processo maior que põe em cheque o destino imediato e futuro do Brasil.
Reproduzo aqui o que escreve Álvaro Fernando, um premiado especialista em comunicação, num artigo em que põe lado a lado o tema “Corrupção e felicidade”. A certa altura, referindo-se ao filósofo Aristóteles, no que este diz sobre ética, põe o dedo na ferida que faz doer o Brasil: “…o mundo contemporâneo demonstra ser capaz de produzir uma legião de líderes sem noção, razão, critério, senso, discernimento ou juízo.”
Use essa composição como lupa para enxergar uma caterva de poderosos empedernidos e não dá outra, no fundo são personagens candidatos à infelicidade porque se vendem por dinheiro – muito dinheiro – mas perdem seus corações, esquecem da finitude e de um senso de justiça que atormenta suas noites [maldormidas?] envenenadas por sonhos macabros em que se veem no inferno dantesco sem possibilidade de ascender ao paraíso jamais. Todos vão se tornar pó e deve ser isso que os torna tão cegamente ambiciosos.
Se a palavra corrupção deriva de alguma forma do prefixo que representa o coração [núcleo humano dos sentimentos puros]. Veja nela “cor” e, em seguida, “rupção”, que significa ruptura, é isso que se pretende dizer para muitos canalhas que chupam o sangue da população como vampiros insaciáveis e produzem o pecado de gerar tanto sofrimento, como falta de milhões de empregos, de saúde, de alimentação, de teto, de boa educação, de respeito, da crescente e incontrolável falta de segurança pública fazendo contraponto com contas bancárias bilionárias ocultas e outras formas [joias, apartamentos, fazendas, mansões, aviões, helicópteros…] de meios que dão a sensação de poder infinito. Mera ilusão, muito passageira! (Carlos Rossini)