HALITOSE CAUSA RESTRIÇÕES SOCIAIS E COMPORTAMENTAIS

A halitose (ou mau hálito) é um problema que envolve cerca de 40% da população. Não escolhe raça, sexo, idade, nem classe social. Uma irônica frase de Millôr Fernandes dá a medida dessa questão: “O maior anticoncepcional do mundo é o mau hálito.”

A restrição social e alterações comportamentais são vistas como as principais consequências da halitose. O paciente portador deste problema em geral fica retraído, triste e deprimido e, por tudo isso, procura conversar de longe com as pessoas,ri pouco, fala para o lado ou com a mão na frente da boca. Sente-se inseguro se a pessoa com quem dialoga se afasta ou põe a mão no nariz. A halitose pode dificultar a ascensão profissional, principalmente se a função do indivíduo implica conversar diretamente com as pessoas. Isto tudo sem mencionar o problema no relacionamento familiar e amoroso. Muitas pessoas se distanciam do companheiro por sentirem repulsa devido ao mau hálito, ficando insuportável namorar, conversar ou até conviver.

A dificuldade em perceber a halitose deve-se à fadiga olfatória, ou seja, as pessoas adaptam-se rapidamente a qualquer cheiro, passando a não sentir o próprio hálito. Este é um processo natural e necessário, permitindo a possibilidade de sentir novos odores no ambiente. Um exemplo claro disto é o perfume que usamos, que após alguns minutos não podemos mais senti-lo. A melhor forma de saber se você está com halitose é perguntar a alguém de sua intimidade e confiança; outra forma é visitar seu dentista e usar o halímetro, um aparelho construído para medir a intensidade do mau hálito. Você pode verificar a presença ou não da saburra lingual, muitas vezes responsável pela halitose, que seria uma camada esbranquiçada ou amarelada na parte superior da língua, ao fundo, que contém bactérias e restos alimentares. Por isso, é muito importante higienizar a língua de modo correto.

Dentre as principais causas podemos citar a xerostomia ou diminuição do fluxo salivar (fisiológico ou causado por medicamentos, estresse, depressão, doenças, etc.); saburra lingual, respiração bucal, higiene incorreta, regime, cárie, doença periodontal, sinusite, amigdalite; alimentos como alho, cebola, pimenta, constipação intestinal, diarréias, diabetes, tabagismo, drogas, entre outras. Existem ainda os cáseos amigdalianos, que são massas amareladas que se formam nas amígdalas, geralmente formadas por restos alimentares, células epiteliais e microorganismos. Tem odor forte e se soltam após certo tempo.

Um costume habitual de quem tem halitose é chupar balas ou tomar refrigerante, o que não passa de um paliativo porque não se está tratando a causa, apenas camuflando as consequências, disfarçando o cheiro provisoriamente. E os problemas bucais podem se tornar muito maiores se o açúcar estiver na composição destes “remédios”. O chiclete (sem açúcar) melhora um pouco a halitose porque aumenta a salivação e remove superficialmente os resíduos alimentares, mas está longe de solucionar o problema.

Problemas estomacais dificilmente causam problema de mau hálito, comumente citado pela população. Pesquisas revelam que 90% ou mais dos casos de halitose devem-se a problemas bucais.

Halitose matinal é comum e natural, resultado da menor produção de saliva durante a noite. A umidade bucal diminui ainda mais se a respiração noturna for pela boca, o que causa ressecamento da mucosa, sua descamação e depósito das células epiteliais no dorso da língua, onde entra em contato com microorganismos e ocorre a fermentação, gerando compostos que contém enxofre e liberados pela boca em forma de sulfidreto (cheiro de ovo choco). Porém, após o café da manhã e a higienização, se a halitose não passar, isso sugere uma condição que necessita de tratamento.

O tratamento depende de um diagnóstico correto. É necessário ver se tem cárie, se a gengiva está inflamada, com sangramento espontâneo, fazer uma halimetria (medição do odor bucal por meio do Halimeter), uma sialometria (medição do fluxo salivar), entre outros exames. Mas, devemos sempre tomar muita água, de dois a três litros diários, higienizar corretamente segundo orientações do seu dentista e visitá-lo rotineiramente.

Nós da RH Odontologia prestamos um atendimento por meio do qual você possa indicar alguém que você gosta e que tem problema de mau hálito. Entraremos em contato com esta pessoa com todo o cuidado que ela merece, abordaremos o assunto delicadamente e manteremos sigilo absoluto sobre quem indicou.

Dr. Rubens Minoru Hirano,

Dentista da RH Odontologia – Butantã -SP

3735-2122 – 3735-8938

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.