ACORDA BRASIL! – O PAÍS É MAIOR DO QUE UMA SÚCIA DE POLÍTICOS E EMPRESÁRIOS CORRUPTOS
A Operação Mãos Limpas (“Mani Pulite”) desencadeada por procuradores italianos em 1992, uma investigação de grande envergadura para combater a corrupção político-empresarial, serviu de exemplo para o mundo, incluindo o Brasil, aqui materializada sob o nome de Operação Lava-Jato.
Um dos aspectos jurídicos que se configurou na Justiça italiana foi a aceitação do fato de que se houvessem muitos testemunhos convergindo no mesmo sentido, isso podia ser considerado como prova de crime.
Foi uma decisão considerando que os agentes da corrupção são “peritos” em disfarces e em ocultar indícios de ações ilícitas para evitar flagras indiscutíveis – como a descoberta de R$ 51 milhões no apartamento emprestado para o ex-deputado baiano Geddel Vieira Lima, ex-ministro do presidente Michel Temer.
A casa caiu, como se diz na gíria policial, não só para Geddel mas para todos os protagonistas envolvidos e implicados na Operação Lava-Jato, o maior escândalo de corrupção político-empresarial no Brasil, provavelmente desde Cabral, inserindo na berlinda os três maiores e deploráveis partidos políticos – PT, PMDB e PSDB – e seus consorciados de menor porte e oportunistas.
A triste e patética declaração da sra. Marluce Quadros Vieira Lima, mãe de Geddel – “Meu filho não é bandido, ele é doente” – não evitou que ele fosse preso em Brasília e que chorasse muito enquanto era encarcerado.
A montanha de dinheiro encontrada [a Polícia Federal encontrou também provas de contato de impressões digitais que manipularam o dinheiro e suas embalagens] é prova incontestável do gigantesco esquema de corrupção no governo de Lula e de Dilma Rousseff.
Não bastasse isso, a delação do ex-ministro da Fazenda de Lula, petista e médico de 56 anos, Antonio Palocci, perante o juiz Sérgio Moro em Curitiba, no dia 6, se tornou um tijolo no sapato tanto do ex-presidente Lula quanto do projeto político do PT para as próximas eleições presidenciais.
Entre a postura dos petistas – que empunham a bandeira lulista excomungando o “golpe” que instalou o famigerado peemedebista Michel Temer na principal cadeira do Palácio do Planalto e o governo cambaleante deste, o Brasil vive um dos maiores pesadelos de sua História.
Homens públicos poderosos e as instituições nas quais estão investidos – Executivo, Legislativo e Judiciário – nunca estiveram com seu prestígio tão baixo e com tanta falta de credibilidade. Quem confia nos personagens que ocupam cargos que deveriam ser reverenciados e acatados, se fossem justos, corretos, honestos e respeitassem a nação brasileira?
A mídia buscando interpretar ou mesmo responder à curiosidade popular fez comparações quanto ao poder do dinheiro escondido por Geddel no apartamento em Salvador. Utilizaram-se como referência apartamentos, casas, automóveis, leitos hospitalares, etc. Mas é preciso dizer clara e abertamente que aquilo pode ser apenas uma ponta do grande novelo de dinheiro em espécie que foi transportado em carros blindados, aviões ou transferidos para contas no exterior. Os números [nunca talvez se chegue a um valor final] somam bilhões de reais.
Tanto os valores quanto o número de envolvidos desde os que ocupam os mais altos escalões até os bagrinhos e fugitivos de pizzarias com mala repleta de dinheiro fazem parte de um dos esquemas mais ruinosos que já aconteceram na terra descoberta pelos portugueses e, desde então, explorada impiedosamente em suas riquezas naturais, como os valiosíssimos minérios como o nióbio e tantos outros. Faz pouco tempo, Temer ameaçou entregar imensa área na Amazônia para a exploração de cobre por empresas internacionais. Um pouco mais dessa estirpe de governantes e não sobrará nada do Brasil, além da extensão continental apontada no mapa múndi. (C.R.)