IBIÚNA – MAIORIA DA POPULAÇÃO ESPERA UMA VIRADA DE MESA DE JOÃO MELLO
Esta semana, tive, por dever do ofício, intensos relacionamentos midiáticos, sobretudo pelo Facebook, com diversos ibiunenses. Os conteúdos espontâneos que me apresentaram [lógico também houve muitos elogios] foram críticas ou reclamações relacionadas ao governo municipal na área da saúde. Já informei isso ao prefeito com o objetivo de ajudá-lo a perceber e atender aos reclamos justos e objetivos, do ponto de vista da realidade.
Fui professor universitário de jornalismo durante anos e, ainda que modestamente, ajudei a formar pelo menos duas gerações nessa profissão à qual me dedico desde minha adolescência e continuo a exercer. Definitivamente, gosto do que faço. Quando escrevo é como se estivesse meditando! Uma atividade prazerosa e gratificante!
Sem conhecer os ingredientes que entram nos pratos diários que nos são servidos como refeição informativa, as estruturas internas e ocultas das instituições públicas, nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e no mundo empresarial, dos acordos e acertos celebrados em lugares discretos e distantes dos nossos olhares, há sempre o risco de se fazerem julgamentos superficiais e até mesmo impiedosos.
Os cidadãos, na verdade, procuram revelar suas expectativas, necessidades e mesmo insatisfações com serviços públicos, em todas as cidades. No meio das queixas, é preciso lembrar, sempre pode haver ações subterrâneas de adversários políticos oportunistas e de seus aliados comprometidos com as próprias carreiras.
Mesmo que de modo respeitoso, cutucaram-me para que publique reportagem “como fazia antes, em relação a prefeitos anteriores”, e que estaria sendo benevolente com o atual gestor do Executivo ibiunense. Quando expliquei que era preciso dar um tempo, já que a prefeitura foi entregue ao novo titular do Paço Municipal “destroçada”, então “fui lembrado” que essa história vem se repetindo em relação a governos anteriores, usados como pretexto para justificar suposta inoperância.
Alguns mencionam perda de esperança ou desilusão, pelo que verificam ou ouvem dizer; outros são mais específicos. Aqui, a mãe de uma criança se queixa “da displicência” com que seu filho [febril e com sintomas de pneumonia diagnosticada em outro local de atendimento] é tratado por um médico que aparenta nem dar atenção e tampouco pede exames indispensáveis, como raio-X,para fechar um diagnóstico correto]. Ali, queixas de mal atendimento relacional, desprezo, desrespeito. Li alguém sugerindo que os servidores públicos – de modo acentuado na área da saúde – precisam ser treinados para agir de maneira mais humana.
Infiro, pelas variadas informações que chegam até mim, haver fatos sérios que devem merecer premente e cuidadosa atenção. De repente, o prefeito, mesmo estando longe da cidade, precisa postar uma declaração pública via Facebook, pedir desculpas à população e anunciar que uma funcionária seria afastada por ter se comportado de maneira incompatível com os objetivos democráticos e humanistas de seu governo.
Então, os fatos vivos evidenciam a oportunidade, que não pode ser deixada de lado, de agir e fazer chegar ao conhecimento da população, de forma prática e objetiva, os propósitos que devem ser cumpridos. por meio de ações práticas efetivas.
É certo que a escassez de recursos financeiros é uma questão capital que afeta a oferta dos serviços e execução de obras. Mas, há coisas que podem e devem ser realizadas por meio da simples inserção de atitudes que contribuam para assegurar comportamentos democráticos na esteira de novas maneiras de relações humanas.
Afinal, observa-se nas mentes e corações da maioria da população o desejo inovador que marcou o resultado da eleição municipal, realizada um ano atrás, de uma virada de mesa protagonizada pelo novo prefeito, auxiliado pela proatividade de seus assessores diretos e por todo o corpo funcional dos servidores municipais. A esperança precisa ser nutrida com ações diárias positivas. (Carlos Rossini)