DIA DO PROFESSOR – GRATIDÃO, AMOR E RESPEITO A TODOS OS MESTRES

Tudo o que se possa dizer a respeito dos professores, neste domingo (15), talvez seja insuficiente para refletir o que esses abençoados personagens fazem para a vida das pessoas. Eles me deram uma fortuna inestimável: me ensinaram a ler e a escrever; também a perceber, pensar, interpretar o mundo.

Durante toda a minha vida tive a felicidade de contar com ótimas professoras e professores. E, por isso, no dia de hoje escolho uma palavra para homenageá-los: gratidão!

Há uma frase que aprendi e que aprecio e a compartilho agora: “Quando o discípulo está pronto, o mestre aparece.” Interpreto essa frase como uma mensagem singela e verdadeira: tudo aquilo que os professores nos ensinam fica dentro de nós, como herança da aprendizagem e se faz presente, quando necessário.

Portanto, aos meus queridos mestres e a todos aqueles e aquelas que se dedicam a essa profissão entrego estas linhas com carinho e amor! Até onde minha memória alcança, no grupo escolar, professor era tratado com o máximo respeito e reverência e não tinha coisa mais agradável do que ir à escola e experimentar os mais sublimes momentos de aprender a viver em sociedade, a fazer amizades inesquecíveis e adquirir conhecimentos imprescindíveis.

Fiz uma breve excursão na manhã deste sábado (14) em torno das palavras professor, mestre e ensinar. Eu também, com o tempo, me transformei professor universitário e pude sentir o prazer de aprender, muito mais do que ensinar.

Vejam o resultado. Quem já ouviu alguém dizer que a profissão de professor, pela dedicação que exige, é um sacerdócio? Pois a verdade é que os primeiros cristãos foram também os primeiros professores da História.

Eles «professavam» ou declaravam publicamente a sua fé, ainda que lhes pudesse custar a vida. A palavra formou-se a partir do latim profiteri, com o mesmo significado, formada por fateri (confessar), com o prefixo pro- (diante, com o sentido de «diante de todos, à vista»). A partir de certa época, um professor passou a ser aquele que «professava», ou seja, que declarava publicamente que possuía conhecimentos em determinada área do saber e que podia transmiti-los.

Então, professor se tornou o representante da transmissão do conhecimento no mundo secular sendo entendido também como aquele que age, que fala em lugar do pai. Ensinar é transmitir ensinamentos, mostrar algo a alguém [aos alunos] e mestre significa aquela pessoa dotada de saber, competência, talento em qualquer ciência ou arte. Mestre é o indivíduo que ensina.

Numa sociedade minimamente saudável política, econômica e socialmente [isso não se vê no Brasil atual], o professor merece o tratamento digno de todo respeito, incluindo o que diz respeito ao pagamento que devem receber, às estruturas de ensino, a continuarem aprendendo, pois aprender é um processo sem fim, à forma como são tratados pelas autoridades e estudantes e jamais serem alvos de desconsideração e de violência como tem acontecido em meio a um grandioso caos cultural vivido pelo país.

É claro que há movimentos de resistência muito importantes ocorrendo entre os agentes transmissores de cultura que estão agindo, juntando forças, trocando ideias e experiências em busca de mudar o status quo, que a ninguém deve interessar.

Um dos sinais que se incluem nesse contexto são os movimentos para a inserção do ensino democrático que promete um novo respirar no organismo da educação nacional.

Em suma, que neste dia, os professores sejam lembrados com o carinho que merecem. (Carlos Rossini)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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