EXPERIMENTE O SABOR DA MAÇÃ, ANTES QUE A RAIVA ENCHA SEU CORPO DE TOXINA

Os problemas do dia a dia fazem com que as pessoas fiquem confusas, inseguras e percam o eixo do equilíbrio, criando um estado mental desconfortável.

Dependendo do nível de alteração provocada pelas dificuldades em casa, no trabalho, na rua, na escola a pessoa pode se tornar agressiva, como uma forma de se defender das ameaças e provocações variadas.

Quando nossa mente fica confusa, nosso comportamento fica alterado. A ciência mostra que quando você sente ódio, raiva, rancor e cólera o principal prejudicado é você mesmo.

Um cientista norte-americano chamado Elmer Gates realizou uma pesquisa e chegou à seguinte percepção: quando o homem se encoleriza forma-se toxina no sangue e, por isso, sente-se mal e abre as portas para as doenças.

No Japão fizeram uma experiência com um rato. Ele foi perseguido durante seis horas com um pedaço de pau. O medo e a cólera produzidos no rato o levaram à morte.

É oportuno ressaltar que os seres humanos estão sujeitos a sérias alterações mentais porque nossa mente, que é a fonte de nossa vida, é delicada e sujeita a sofrer as mais variadas influências.

Por tudo isso, vale apresentar algumas perguntas: você cuida bem de si mesmo? Consegue perceber quando perde o seu estado natural de calma e fica agitado pelo disparo de emoções?

A propósito, a Bíblia faz uma indagação muito oportuna e necessária: “Quem faz mau para si mesmo, para quem será bom?”

É isso mesmo, se você, ouvinte, não for bom para si mesmo acha que poderá ser bom para os outros? Todas as nossas condutas se originam em nossa mente e se ela não estiver bem é assim que você se sentirá e se comportará.

Outro versículo da mesma Bíblia acrescenta: “Não há ninguém pior do que quem maltrata a si mesmo.”

Eis aí uma frase que deveria igualmente nos sacudir e nos despertar, porque enquanto você estiver se envenenando, isto é, fazendo mal para você mesmo, não espere que esteja vivendo uma vida saudável, talvez esteja só se enganando.

Gostaria de enfatizar que o maior dos absurdos cometemos conosco, nos culpando, fazendo autoexigências muito além do que é humanamente possível, querendo ser perfeitos e, sobretudo, querendo moldar o mundo ao seu modo de ver as coisas.

Se até um ratinho que não tem de trabalhar para ter um salário do fim do mês para pagar as contas, ou de enfrentar o trânsito impiedoso da cidade, ou de prestar contas de seus atos perante a sociedade, morre diante de uma perseguição estressante, que diremos de nós humanos cuja racionalidade está sempre vacilante?

Então é bom recordar agora: seja gentil consigo mesmo, seja bondoso com você mesmo, trate sua mente com docilidade e delicadeza, não deixe que palavras ruins e maus pensamentos tomem conta de você.

Use a força do bem em você mesmo, não esmoreça, acredite, insista faça autodeclarações de que você pode, que consegue, acrescente que é maravilhoso ou maravilhosa, porque é um projeto humano feito para dar certo.

Em caso de dúvida, vá até a fruteira ou ao refrigerador, pegue e coma uma maçã. Ela não vai resolver todos os seus problemas, mas eu garanto que você sentirá o sabor agradável da fruta, o suficiente para encher sua boca de doçura. (C.R.)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.