TEMPERATURAS BAIXAS PODEM PROVOCAR HIPOTERMIA E AGRAVAR DOENÇAS PRÉ-EXISTENTES

A temperatura do organismo humano mantém-se constante em torno de 37ºC, podendo haver pequenas variações, mas quando sofre uma queda acentuada, é preciso ficar atento, pois a pessoa pode estar tendo uma hipotermia, um dos sérios problemas provocados por baixas temperaturas.

A hipotermia acontece quando a temperatura central do corpo [coração, pulmão, encéfalo e órgãos esplâncnicos (nas vísceras)] cai abaixo de 35ºC. Não tratada rapidamente, a hipotermia pode produzir sérias complicações e levar à morte.

Por isso, é fundamental utilizar agasalhos e protetores dentro e fora das casas, especialmente quando há vento que acelera o processo de esfriamento do corpo.

Nas baixas temperaturas do outono/inverno muitas doenças pré-existentes, como bronquite e asma, podem se agravar ainda mais, daí serem necessários cuidados especiais para proteger o corpo com agasalhos, luvas, gorros, cachecóis.

Merecem atenção especial crianças e idosos, mais sujeitos a doenças desse período, como as gripes e pneumonias.

SINTOMAS

Os sintomas iniciais da hipotermia são tremores fortes e involuntários do corpo, ranger de dentes e sensação de fadiga, por vezes acompanhada de cãibras. Neste estágio, o melhor a fazer é se abrigar do vento, cobrir o corpo com vestes mais grossas ou cobertores e tomar líquidos mornos.

A simples exposição por um período de algumas horas a ambientes com menos de 10°C pode levar a casos muito graves, por vezes fatais, de hipotermia. Conforme a hipotermia evolui, ocorrem dores seguidas de perda de sensibilidade nas extremidades do corpo, intensificação da sensação de fadiga, confusão mental, alterações bruscas de pressão sanguínea, arritmia cardíaca e a respiração se torna curta e ofegante. Neste estágio é recomendável medidas mais drásticas para manter o corpo aquecido, como envolver o corpo em cobertores aquecidos ou refratários e até a aplicação intravenosa de soro aquecido.

Quando a hipotermia leva a estágios em que a confusão mental é muito grande ou a pessoa desmaia, geralmente as alterações cardiorrespiratórias que acompanham estes sintomas requerem a ação de profissionais treinados e equipamento especializado. A apoxia (falta de oxigênio) decorrente de apnéia (interrupção da entrada do ar no organismo) ou paradas cardiorrespiratórias podem levar a danos neurológicos temporários ou permanentes. Neste estágio, sem cuidados médicos as pessoas geralmente entram em coma ou morrem. Infelizmente, mortes por hipotermia ocorrem bastante entre os moradores de rua dos grandes centros urbanos do Sul e Sudeste do Brasil.

Fontes: Portal Terra, Climatempo

 

 

 

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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