CARNAVAL – NÃO É SÓ ALEGRIA; É RISCO PARA OS ADOLESCENTES
Sinto pena desses adolescentes que vão se divertir em blocos carnavalescos pela primeira vez, como aconteceu com uma menina, que acabou tendo seu celular roubado e sofrido impiedosos espancamentos.
São vítimas inocentes de uma sociedade, a nossa, brasileira, que vive um tempo de violência generalizada jamais vista antes em proporção que verifica cada vez com mais frequência.
Pela tradição, o Carnaval deveria ser uma festa para divertimento, alegria, vivência de sonhos e fantasias, rico de cantorias e danças de salão ou nas ruas e praças.
Infelizmente, não é o que acontece na realidade das concentrações públicas carnavalescas cada vez mais densas, anônimas e promíscuas. Elas são oportunidades para tipos humanos nefastos, como ladrões, bêbados, traficantes, viciados, estupradores, pedófilos, entre outras categorias de sociopatas.
Celulares são furtados às centenas, além de carteiras, bolsas e joias, relógios. Basta se distrair por um instante, para se tornar mais uma vítima de oportunistas impiedosos.
Supostamente, os adultos conhecem a realidade vivida no Brasil, mas é preciso que os pais prestem mais cuidado e orientem seus filhos dos perigos aos quais estarão sujeitos no meio de aglomerações insensatas ou mesmo, por vezes, insana.
Melhor seria aproveitar esse tempo de feriado para ler um bom livro, assistir a bons filmes, reunir-se com a família ou participar de algum evento cultural enriquecedor, tirando um bom tempo de lazer e descanso ou mesmo de estudo escolar para ficar afiado nas matérias. Um contato sereno com a natureza é também uma boa pedida.
Nada contra quem gosta da folia e resolve cair no samba ou assistir a desfiles, mas é difícil dar risos e gargalhadas diante de tragédias como a de Brumadinho, em que morreram centenas de pessoas, além dos danos incalculáveis provocados na natureza e que levarão séculos para serem superados. (C.R.)