MAUS TRATOS – ENTIDADE RESGATA 37 ANIMAIS DE UM CANIL CLANDESTINO EM IBIÚNA

Trinta e sete animais – 33 cães, a maioria fêmeas, 3 gatos e um papagaio – foram resgatados ontem (4) de um canil clandestino localizado na Estrada do Assai, 1, Jardim Japão, no bairro Sará Sará, no município de Ibiúna.

Segundo registrado em Boletim de Ocorrência, eles viviam sob condição de maus tratos e num ambiente sem a menor condição de higiene, com falta de alimentação, no meio de fezes próprias e de ratos e foram descobertos depois que uma entidade protetora de animais recebeu denúncia e veio em seu socorro.

Um filhote foi encontrado morto e em estado de decomposição, dois morreram ainda quando estavam sendo resgatados. Todos os animais foram transferidos sob a guarda do Projeto Anjos de 4 Patas.

Até mesmo o parlamentar estadual ajudou na remoção dos animais, entre os quais se incluíam diversos cães de raça e vira-latas. Os primeiros recebiam melhor proteção, enquanto os demais ficavam no tempo, no frio e debaixo da chuva, comendo ração molhada. A veterinária que participou do resgate descreveu a água como imprópria, suja e limbosa.

A operação realizada pelo Projeto Anjos de 4 Patas, com a participação de uma veterinária, do deputado estadual delegado Bruno Lima (PSL), que atua na defesa dos animais, com apoio do delegado auxiliar da Delegacia de Ibiúna, Rafael de Medeiros Martins e dos investigadores Bruno Guanha e Paulo Pereira, teve início por volta das 14 horas e se estendeu até às 21 horas.

Embora o proprietário do local, Cícero Izidro Jonas, tenha declarado à polícia que não comercializava os animais, a veterinária Tainá Viana Barros, observou vários indícios de que na verdade trata-se de um canil clandestino. Sua mulher, Salia Neves Miranda, mantinha um papagaio, animal silvestre, em cativeiro (pequena gaiola), o que é um crime ambiental. Ela declarou que havia ganho o papagaio.

A veterinária disse à vitrine online que havia mais cadelas do que machos, várias matrizes com aparência de estarem prenhas, o que será confirmado por exames de ultrassom, o que caracteriza a condição de procriação no local.

 

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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