SITUAÇÃO EM IBIÚNA FAZ A POPULAÇÃO SENTIR SAUDADE DO FUTURO

Há uma expectativa emocional evidente em relação ao próximo ano, diante das circunstâncias insatisfatórias em que têm vivido, que a população ibiunense sente saudade do futuro na forma de desejo de mudança.  

Em 2020, haverá eleição para prefeito e vereadores para o quadriênio 2021 a 2024. Isso significa que os munícipes terão a oportunidade de expressar seus sentimentos e se realmente mudou sua compreensão da vida política em termos de novas exigências.

Essa perspectiva recoloca em cena a esperança, ainda que sempre haja o risco da decepção, como tem acontecido reiteradamente em sucessivos governos.

Na eleição de 2016, nada menos do que oito candidatos se apresentaram para o cargo de prefeito e centenas a uma vaga de vereador. Houve debates públicos celebrados como um exercício democrático.

Uma leitura ponderada indica que o povo quer algo diferente e, de modo específico, alguém que honre o protagonismo do cargo realizando um governo transparente, honesto e que atue prioritariamente no atendimento às necessidades prementes da população e que não se torne apenas um agente do administrativismo opaco.

Em resumo, quer uma mudança de fato, tanto na esfera do Poder Executivo quanto do Legislativo. Quer novos personagens em cena, pois está cansado da mesmice que mantém crônicos problemas fundamentais, sobretudo nas áreas da saúde, do transporte público e escolar, melhoria das estradas, realização de obras públicas indispensáveis, como é o caso da reforma da famigerada rodoviária, construída e abandonada há trinta anos, como o pior cartão postal de uma cidade, para citar um exemplo bastante conhecido.

Quer alguém verdadeiramente capaz de exercer o cargo de forma corajosa, explícita, transparente, cumprindo compromissos não praticando disfarces e ilusões ou repetindo um discurso para encobrir a realidade dos fatos objetivos.

Quando os nomes dos candidatos se tornarem públicos, os eleitores deverão fazer uma carga intensa por meio das redes sociais, uma novidade que já se consagrou como um poder relevante no processo de persuasão, sobretudo em relação àqueles que acumulam aos olhos populares mais pontos negativos.

O povo irá mesmo rejeitar nas urnas os vereadores que se tornaram profissionais nesses cargos já desgastados pelo comportamento reprovável ou repetirá o hábito de desejar ser enganado por ganhos variados de interesses imediatos? Da mesma forma, vai reeleger prefeitos que já ocuparam esse cargo e podem ser claramente avaliados, ou, cederá a um jogo de sedução por promessas ou recompensas em espécie de fôlego breve? Ou surgirá por obra do acaso um surpreendente líder de qualidade há tanto esperado?

Imaginamos que será bom o candidato que construir um novo discurso livre de fórmulas caramelizadas e ousar ser diferente. Presumimos que aquele que quiser mostrar cara de bonzinho e amigo poderá iludir alguns, mas ficará em desvantagem clara para os corajosos que bradarem por exemplo:

“Basta, precisamos acabar com essa vergonhosa situação que se repete! O povo não deve permitir mais uma vez ser enganado por discursos falsos e mentirosos. O povo vai acordar e exercer seu poder para mudar a história de nossa cidade.”

Vencerá aquele que tiver a melhor da visão dos tempos atuais e uma conexão sensível com as emoções represadas no coração de cada munícipe. Vencerá aquele que tiver mente limpa e sem as marcas de exercícios malogrados e souber cativar as pessoas com uma nova visão política.

O passado todos já conhecemos, sobretudo por tê-lo sofrido na carne por meio do sacrifício. Vencerá quem melhor enxergar e desenhar um futuro claro e feliz para todos os ibiunenses. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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