FRANCISCO EMOCIONA DILMA E PLATEIA COM UM DISCURSO MARCADO PELA DELICADEZA

Hoje (22), ao participar da primeira solenidade de sua estada no Brasil para a Jornada Mundial da Juventude, no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, o papa Francisco emocionou tanto a presidenta Dilma Rousseff quanto a plateia formada por autoridades civis, religiosas e diplomatas por seu discurso pautado pela simplicidade e delicadeza.

Seus gestos até chegar ao palco no palácio foram todos gentis e incluíram indicar que a presidenta tomasse a dianteira na caminhada e carinhosos beijos no em seu rosto ao cumprimentá-la por seu discurso.

Por duas vezes recebeu aplauso exatamente por tocar o sentimento de humildade como representante de Cristo e gratidão pela acolhida do povo brasileiro. Dilma igualmente recebeu aplausos em dois momentos pela firmeza do enfoque em torno da melhoria da qualidade de vida de todos os povos.

Nas ruas do Rio de Janeiro, onde foi saudado por milhares de pessoas, houve momentos preocupantes em que o cortejo do papa, sem nenhum aparato especial, ficou preso no congestionamento, o que permitiu que muitas pessoas se aproximassem e até tocassem o sumo pontífice com as mãos, dando um trabalho redobrado aos seguranças.

Francisco estava em um carro prata sem batedores para lhe abrir o caminho. Deve ter sentido um pouco do sufoco diário dos cariocas no trânsito. Multidões se formavam em torno do automóvel em que o papa se encontrava em vários trechos da via pública.

Sorrindo frequentemente, o papa revelou uma disposição afável, cordial e tranquila, a despeito de ter realizado uma longa viagem de Roma ao Rio de Janeiro. Em sua primeira mensagem, de sua primeira viagem internacional como pontífice, Francisco deu o tom talvez mais requerido da importante missão que lhe cabe como pastor dos católicos de todo o mundo.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.