IBIÚNA – SECRETÁRIO DIZ A VEREADOR QUE “SERVIÇO DE COLETA DE LIXO ESTÁ NORMALIZADO”

Dois dos três vereadores oposicionistas que encabeçaram a proposta para constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI para investigar irregularidades na coleta de lixo no município de Ibiúna, aprovada por unanimidade do fim de setembro, ficaram de fora da CPI, por decisão do presidente da Câmara Municipal, vereador Rodrigo de Lima, na sessão realizada ontem (14).

Por ser a primeira a assinar a proposta, a vereadora Elisângela de Souza Soares (PTB), ficou na presidência da CPI. Antônio Reginaldo Firmino (PP) e Armelino Moreira Jr. (PSB) ficaram de fora. Em seus lugares foram nomeados Claudinei Gabriel Machado (PSC) e Gerson Pedroso da Silva (PPS), ambos da base aliada ao prefeito.

A primeira reunião da CPI será realizada às 10 horas da próxima segunda-feira.

Embora tenha se baseado na prerrogativas que o cargo lhe confere, Rodrigo de Lima, a decisão foi recebida com perplexidade pelos três vereadores que encabeçaram a proposta.

Naldo disse que o presidente da Câmara poderia ter indicado um vereador da base aliada, mas não dois, uma vez que essa decisão indica uma postura discricionária.

Naldo e Lino Jr. afirmaram a vitrine online que vão acompanhar ao máximo possível as atividades da “CPI DO LIXO”

“SERVIÇO ESTÁ NORMALIZADO”

Depois de tecer várias considerações a respeito das dificuldades por que passa o município de Ibiúna, devido a “uma crise nacional”, com queda na arrecadação, o secretário de Desenvolvimento Urbano, Marco Mello, em ofício datado de 7 último, respondeu a quatro questões formuladas em requerimento enviado ao Executivo pelo vereador Naldo Firmino (PP) sobre os problemas de coleta de lixo no município.

Mello afirmou que “diferente de muitos municípios do Estado, inclusive nossos vizinhos (Cotia, São Roque, Mairinque, Piedade e outros), Ibiúna não possui taxa de coleta de lixo, de forma a ter receita própria para do aludido serviço, assim como se dá com o transporte, a energia, a água, cemitério e diversos outros serviços públicos que se dão por concessão”.

Eis as respostas do secretário de Desenvolvimento Urbano:

“Resposta à primeira indagação: a empresa [que alugou caminhões coletores à Prefeitura] interrompeu inadvertidamente e sem qualquer comunicação, deixando apenas um caminhão para a coleta, uma vez que foram bloqueados pelo sistema de rastreamento, e com isso gerou todos os transtornos com a coleta de porta em porta, mas que já foram sanadas.

Resposta à segunda indagação: em razão da suspensão parcial de maior parte dos caminhões, houve a necessidade pelo curto tempo de auxílio dos caminhões da Municipalidade e/ou emprestados.

Resposta à terceira indagação: os uniformes e acessórios [equipamentos de proteção* – conhecidos como EPIs] foram fornecidos, contudo, está havendo uma certa rotatividade nos funcionários, pois muitos não se adequam (sic) ao serviço, de forma que são chamados novos, conquanto, todos os que ingressam estão recebendo os kits e fazendo uso dos mesmos.

[* segundo os vereadores o fato de terem sido observados garis trabalhando sem proteção dentro de caçambas motivou a pergunta ao Executivo]

Resposta à quarta indagação: conforme respostas anteriores, o serviço está normalizado.”

 

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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