PARA VOCÊ, QUAL É O LUGAR MAIS BONITO DO MUNDO?

Nenhuma pessoa vê o mesmo objeto – praia, árvore, montanha, cachoeira, rio, por do sol, outras pessoas, animais,… – da mesma forma. A razão é simples: cada ser humano tem seu próprio olhar para as coisas, de acordo com o assunto, o lugar, o tempo, a circunstância e as relações sensoriais que estabelece com tudo o que aparece diante de si.

Veja comigo, imagine, uma praia com areia alva, mar com águas cristalinas, céu azul e um sol esplêndido.

Para uma pessoa que está ao lado do seu amor, sentindo-se em paz, tranquila, a sensação de bem-estar e prazer tornam esse lugar muito bonito. Naquele momento talvez seja o lugar mais bonito do mundo, não é mesmo?

Mas, se em vez disso, ocorre o oposto na subjetividade da pessoa, ela está triste, desconfortável, sentindo-se isolada do mundo porque seu amor acabou, foi embora, esse lugar certamente, com toda a sua beleza natural, não será percebido da mesma forma. Ao contrário, pode provocar lágrimas e grande sofrimento.

A maneira como enxergamos o mundo é igualmente variável de acordo com a maneira de perceber e de pensar das pessoas. Aproveito a deixa para falar algo sobre os pensamentos. De modo simplista e superficial, nós temos pensamentos voluntários e involuntários.

Pensamentos voluntários, em nossa concepção, são aqueles que criamos de modo consciente e soberano; pensamentos involuntários, são todos aqueles que simplesmente acontecem sem que dependa de nossa vontade e são milhares em apenas um único dia.

Dito isto, ainda oscilamos, sem termos consciência clara, entre uns e outros, numa velocidade impressionante. Há quem descreva isso como síndrome do pensamento acelerado. Mas não se trata, em nosso entender, de velocidade, mas também de confusão, mistureba, que deixa as pessoas se sentindo como loucas.

Voltemos ao nosso tema.

O lugar mais bonito do mundo é o aqui e agora, o tempo presente, no lugar em que você está vivo, se movimentando, se relacionando compartilhando experiências ou simplesmente observando com serenidade a paisagem.

Mas sempre é agradável recordar esses lugares que marcam nossas vidas por nos ter proporcionado beleza, alegria, felicidade e boas lembranças, seja com seus familiares ou amigos ou em estado de solitude.

Caro leitor, peço que você, neste tempo de pandemia, em que o medo e a insegurança tendem a nos provocar intensa ansiedade, use o espaço abaixo desse breve ensaio para descrever que lugar você considera como mais bonito do mundo para você.

Assim poderemos compartilhar a beleza entre todos nós, já que isso também é uma atitude tão bonita de troca de experiências humanas. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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