MINHA CASA, MINHA VIDA – CONDOMÍNIO RESIDENCIAL IBIÚNA ELEGE NOVA DIRETORIA

Descontentes com a administração do Condomínio Residencial Ibiúna [fruto do programa Minha Casa, Minha Vida], no bairro da Cachoeira, em Ibiúna, onde vivem 472 famílias, os moradores quites com as taxas condominiais elegeram ontem (27) à noite a nova diretoria para o período de 2021 a 2023.

Foram eleitos: Sérgio Luiz Machado, síndico; Alice Rodrigues de Camargo Lima, subsíndica. Para o Conselho Consultivo foram eleitos Romulo Haas, 1º conselheiro; Denise Alves Pereira, 2º conselheiro; Priscila Neves da Silva, 3º conselheiro.

PROBLEMAS

Desde fevereiro de 2015, quando começou a ser habitado, o Condomínio Residencial Ibiúna se viu diante de inúmeros problemas que o acompanham passados mais de seis anos.

A eleição de hoje foi considerada como um momento muito importante e o início de “uma virada” para colocar em ordem aquela comunidade formada por cerca de 2.000 pessoas que se encheram de esperanças quando viram seus nomes sorteados para obter uma daquelas unidades habitacionais.

Vitrine online acompanhou a história do condomínio mesmo antes de ele existir. Ali onde foi implantado o projeto era uma chácara enorme conhecida na região como Sítio do Caqui. Centenas e centenas de árvores tiveram que vir abaixo, dando lugar a máquinas e trabalhadores da construção civil que transformaram o lugar em um conjunto de casas populares.

As dificuldades incluíram até os dias atuais problemas administrativos e de gestão, interrupção de abastecimento de água pela Sabesp, inadimplência, irregularidades na destinação e no uso dos imóveis, invasão, valores das taxas condominiais, queixas de falta de segurança, entre outros.

Em outubro de 2020, depois de receber diversas denúncias de irregularidades, o Banco do Brasil, órgão financiador da obra, pediu à Secretaria de Habitação da Prefeitura de Ibiúna que fizesse um estudo, a fim de conhecer a realidade do condomínio. Até hoje nada se sabe sobre esse assunto.

PEDIDOS DE AJUDA

Carlos Marques: melhor qualidade de vida

O secretário municipal de Habitação, Carlos Roberto Marques, fez questão de comparecer e acompanhar o processo eleitoral ontem realizado na sala do antigo cinema do Shopping, na avenida São Sebastião.

A razão é compreensível: 80% da demanda de sua secretaria diz respeito a pedidos de ajuda dos moradores no condomínio, como reflexo da complexa situação vivida no condomínio formado sobretudo por pessoas de origem humilde, carentes de apoio, proteção, ainda que haja indivíduos com comportamentos antissociais.

O secretário disse a vitrine online que pretende fazer de tudo para ajudar a solucionar os problemas do condomínio que conhece bem pelos relatos que ouve daqueles que o procuram.

Um dos projetos que pretende pôr em prática, tão logo possível, se relaciona com a boa convivência interna, essencial para a melhoria da qualidade de vida de suas habitantes.

REDUÇÃO DAS TAXAS

Sérgio Luiz Machado, síndico eleito, conta com notório apoio dos moradores do local e junto com seus companheiros de diretoria pretende dar prioridade à:

. redução da taxa condominial a fim de possibilitar a realização de acordos e restabelecer a saúde financeira do condomínio [o índice de inadimplência condominial é altíssimo];

. erguer um muro em torno de todo o condomínio [atualmente grande parte da cerca de arame se encontra destruída];

. corrigir o nome da estrada em que se encontra o condomínio, para oficializar o endereço com o objetivo de proporcionar serviços dos Correios aos moradores.

Mas os planos, passado esse período inicial, preveem a implantação de escolinha de futebol e de outros esportes para disponibilizar lazer e atividades às crianças e adolescentes e promover hábitos saudáveis,  disponibilizar, em parceria com a Prefeitura e outras entidades, cursos e atividades de lazer, em suma estimular uma convivência de bem-estar para todos.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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