GREVE DE ÔNIBUS CONTINUA; SEU FIM PODE SER DETERMINADO NESTA 6ªFEIRA NO TRT
Ao contrário do que se noticiou, a greve dos motoristas de ônibus em Ibiúna por atraso do pagamento continua. E deverá prosseguir pelo menos até às 13 horas de amanhã (20) quando, na sede do Tribunal Regional do Trabalho em São Paulo, haverá reunião de conciliação entre os representantes da Transportadora Vargem Grande Paulista, que opera em Ibiúna sob o nome de Viação Cidade de Ibiúna; representantes dos trabalhadores e, agora, também da prefeitura que foi notificada hoje para comparecer.
Hoje (19), às 17 horas, a revista vitrine online presenciou uma assembleia realizada em frente à garagem da empresa, quando o presidente do Sindicato dos Condutores de Osasco e Região, Antonio Alves Filho, além de diretores da entidade e membros da comissão dos motoristas retornaram de uma reunião de conciliação no mesmo TRT, sem que se tenha chegado a um acordo. Os motoristas continuam sem receber o pagamento atrasado e, portanto, continuam em greve. Eles foram convocados para comparecer nesta sexta-feira, a partir das 13 horas, em frente à garagem da Viação Cidade de Ibiúna, quando saberão do resultado do novo encontro no TRT.
Alves Filho e outros diretores disseram que vão seguir à risca o que a juíza determinar, porque haverá segurança de que a outra parte (empresa de ônibus) também deverá cumprir as determinações judiciais recebidas. Também se informou que a liminar que obrigava que um percentual da frota passasse a operar fora cassada.
Além do pagamento do salário atrasado, a categoria vai reivindicar pagamento dos dias parados e recolhimento do FGTS, disse o presidente do sindicato.
Os diretores da entidade informaram que o advogado da empresa de ônibus teria solicitado a presença de um contingente policial em frente à garagem, fato que repeliram com veemência dizendo que “nosso movimento é pacífico e, exatamente por isso, e por nossa determinação e organização será vitorioso”.
“Vocês viram, disse um diretor do sindicato, nosso movimento é tão pacato que até mesmo o carro da GCM que se encontrava aqui retornou a sua base, na cidade.”
Notícias de que alguns motoristas teriam atirado pedra em ônibus foram desmentidas categoricamente pelos líderes do movimento. Soubemos que ouve um ou outro caso, “mas praticados por passageiros revoltados”.
Falta de ônibus
Apenas doze ônibus e, assim mesmo de forma precária, atuando em apenas um turno, se deslocaram, a partir das 5 horas da manhã de hoje, para atender à população, para uma frota habitual de setenta e cinco carros. No Terminal Rodoviário da Cidade hoje, às 16h30, o clima era de grande insatisfação porque o número de ônibus era muito pequeno e só foram atendidos um ou outro bairro distante, como Vargem do Salto e Verava, com grande tempo de espera. Em um dos ônibus visto pela revista vitrine online, nesse horário, as pessoas pareciam “sardinha em lata”.
Essa situação, como já repetimos, nunca aconteceu na história de Ibiúna e deverá ter sérios desdobramentos no âmbito das relações entre contratante (prefeitura) e a contratada (a empresa de transporte coletivo). A prefeitura já teria reunido todos os documentos pertinentes a esse contrato.