COVID-19 + H3N2 – ‘FLURONA’ CONGESTIONA ATENDIMENTO NOS HOSPITAIS DE SÃO PAULO E EM IBIÚNA
A coinfecção por covid-19 e gripe pelo vírus H3N2, chamada de ‘Flurona’, resultado da junção das palavras “Flu” (gripe, em inglês) e “Ona”, de coronavírus, se tornou o fenômeno mais preocupante em todo o mundo, depois do surgimento do ômicron, um vírus de rápida transmissão patogênica.
Em decorrência desse fato, em São Paulo (Capital) a espera por atendimentos em prontos socorros públicos e privados é de seis horas, segundo notícia publicada pela Folha de S. Paulo que percorreu diversos bairros colhendo relatos diretamente dos pacientes.
Apenas nos três primeiros dias de 2022, 20.333 pessoas com sintomas respiratórios foram atendidas na rede municipal de saúde, ou 282 atendimentos por hora, em média. Do total dos atendidos , 11.585 tinham quadro suspeito de covid, o que equivale a 57% dos atendimentos.
Situação similar, mas em menor escala, se verificou também no município de Ibiúna, com longas filas de espera por atendimento no Hospital Municipal, o que fez com que o prefeito e o secretário da Saúde postassem um vídeo em que pediram “compreensão” e “paciência” à população.
Como a situação parece estar fora de controle, pois pegou de surpresa o sistema de saúde, agravado pela negacionismo do governo federal e criador de problema para até mesmo proteger com vacinas a população infantil do país, é importante, mais uma vez, dizer da importância decisiva de tomar atitudes preventivas, o que deve ser considerado atitude obrigatória por parte da população.
CUIDADOS PREVENTIVOS
Os especialistas de todo o mundo e também do Brasil recomendam enfaticamente às pessoas a:
. evitar aglomeração;
. utilizar corretamente a máscara, cobrindo nariz e boca;
. manter os ambientes ventilados e o isolamento das pessoas que estão com algum sintoma respiratório;
. lavar bem e com frequência as mãos com água e sabão.
DIFERENÇA ENTRE COVID-19 E H3N2
A Covid-19 e a gripe por H3N2 são infecções respiratórias, no entanto são causadas por agentes infecciosos distintos: a Covid-19 é causada pelo vírus SARS-CoV-2, enquanto que a gripe H3N2 é causada pelo vírus H3N2, que é um subtipo do vírus Influenza A. Importante saber que a população brasileira não foi imunizada contra esse vírus, mas contra o H1N1.
COINFECÇÃO
Em entrevista à CNN, a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo afirmou que a coinfecção entre influenza e Covid-19 “não causa nenhuma surpresa” na comunidade científica. A especialista constatou que atualmente o Brasil se encontra diante de duas epidemias concomitantes e, por essa razão, há mais casos de coinfecção do que os notificados.
De acordo com a pesquisadora da Fiocruz, em um caso de “Flurona” a gravidade do caso e a eventual necessidade de hospitalização estão ligadas às condições próprias de cada pessoa. “O que levaria a um agravamento não é exatamente o papel de cada patógeno individualmente, são as condições próprias da pessoa. Ou seja, se é uma pessoa de mais idade, se ela é portadora de uma condição clínica, uma comorbidade que leve ao agravamento.”
Ambas as doenças são de fácil contagiosidade. A cepa ômicron tem uma capacidade de espalhamento muito superior às cepas anteriores”, declarou Dalcomo. A respitada cientista ainda advertiu:
“O correto, o desejável, diante da suspeita, é que alguém seja testado para a Covid-19 e para o vírus da Influenza A.”
De acordo com o G1, Pelo menos 110 moradores do estado de São Paulo foram diagnosticados com gripe e Covid-19 ao mesmo tempo desde o início da pandemia, segundo dados divulgados ontem (4) pela Secretaria de Estado da Saúde. Deste total, 59 casos ocorreram na cidade de São Paulo.
IBIÚNA
Com o objetivo de levar aos leitores informações sobre a situação especificamente vividas em Ibiúna, vitrine online encaminhou ontem à Assessoria de Imprensa o seguinte questionário e aguarda o retorno da Prefeitura, para noticiar.
1. Que medidas estão sendo tomadas pela Prefeitura de Ibiúna para enfrentar essa nova situação em que está ocorrendo dupla contaminação (‘FLURONA’).
2. Há previsão de aumentar a estrutura médica de atendimento à população no hospital e nos postos de saúde?
3. Que orientações oficiais estão sendo dadas à população, além da simples comparação entre os sintomas entre os dois vírus (H3N2 e Covid-19?
4. O que a prefeitura está fazendo para evitar aglomeração de pessoas no Hospital Municipal?
5. Em um vídeo conjunto com o prefeito e o secretário da Saúde, este declarou, em nosso entender equivocadamente segundo depoimentos de especialistas, que a gripe H3N2 “não é letal”, ele mantém esse posicionamento?
6. Que orientações práticas a prefeitura pretende passar para a população em termos de ações e cuidados preventivos, já que se criou um clima de que a epidemia ‘ja passou’, o que não corresponde aos fatos em todo o mundo, com o surgimento de milhões de novos casos?