VERGONHA – EM IBIÚNA, O POVO CONTINUA À PROPRIA SORTE NA RUA GUARANI

Transformada em vexatória “estação rodoviária” de Ibiúna desde o dia 20 de novembro passado, as imagens que se veem na rua Guarani são vergonhosas e confirmam que a população continua à própria sorte, debaixo de chuva, sol quente, buracos, lixo, água correndo na guia.

Uma senhorinha moradora no bairro do Morro Grande estava sentada em um banco improvisado debaixo do sol quente, com algumas sacolas de supermercado, esperando a chegada de seu ônibus.

— Isso é o fim da picada. Eles [as autoridades municipais] não têm o menor respeito conosco, ela disse a vitrine online hoje [25] pela manhã.

Também revelou que quase não está saindo de casa por causa da pandemia e quando sai tem que enfrentar essa situação extremamente desconfortável.

— O Terminal Rodoviário já era um lixo – acrescentou – aqui o lixo piorou!

É impressionante notar que depois de tantas manifestações populares, reclamações das condições reinantes naquele local, nenhuma medida par reverter a situação é tomada pela Prefeitura de Ibiúna.

Os políticos de plantão parecem que preferir postar vídeos autopromocionais à exaustão, anunciando “pacotões de obras” [que bom!], mas por que não atentam para esse sério problema que castiga especialmente pessoas idosas que, muitas vezes, têm dificuldade de se locomover e se sujeitam à possibilidade de tropeçarem nos buracos e caírem antes de tomar o ônibus ou quando descem.

Algumas vezes tentamos entrevistar diretamente o prefeito da cidade que mandou o recado “não há espaço na agenda” para atendê-lo. Ok, não precisa atender, mas resolva os problemas cruciais enfrentados pela população no hospital municipal, na rede básica de saúde, nas estradas e na já famigerada estação rodoviária improvisada numa rua, o que demonstra falta de planejamento pensado em favor da população. (C.R.)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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