VERGONHA – PISTA DE CAMINHADA E CICLOVIA DE IBIÚNA CONTINUA INACABADA APÓS 11 ANOS

Iniciada em 2011 e três gestões depois, a pista de caminhada e ciclovia de Ibiúna continua inacabada e é uma vergonhosa demonstração de inépcia em uma obra destinada a promover a saúde da população por meio da prática de exercícios.

Mesmo tendo consumido algo em torno de R$ 5 milhões destinados em várias etapas pelo Governo Estadual por meio do Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos (Dadetur), da Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, o que se vê hoje é decepcionante.

Hoje (28) vitrine online fez uma caminhada num trecho da ciclovia, ouviu alguns caminhantes que não quiseram gravar entrevista mas demonstraram grande descontentamento com o estado em que se encontra o que poderia ser um marco de uma grande obra que acabou sendo abandonada, ao contrário do que se vê em outras cidades.

Em um grande trecho, talvez de um quilômetro, o que se vê é uma pista de caminhada feita de cimento com buracos, cocô de cavalo e de cachorro. Na pista em paralelo nessa mesma extensão nada foi feito. Ela se encontra coberta de mato, pedaços de tubos e resíduos.

A parte cimentada da pista se encontra com buracos
Os sinais do abandono são óbvios e ululantes

Em frente a um posto de combustível a poucos passos da ciclovia inacabada há dois buracos abertos com cerca de 1,5 m de profundidade e lixo no fundo, perigo para os que caminham por ali.

Ao lado da pista de caminhada {em frente a um posto de combustível, há dois buracos com 1,5 m de profundidade: perigo

ESCURIDÃO

Dezenas e dezenas de lâmpadas encontram-se apagadas, o que faz com que as pessoas já não caminhem mais ali após escurecer. É puro breu e lugar inseguro.

Uma mulher que preferiu não aparecer disse a vitrine online que quase foi atropelada por uma bicicleta que, por evitar a pista inacabada, seguiu na pista cimentada.

Outras pessoas consideraram “uma vergonha” a situação daquela obra e disseram que por questão de saúde e orientação médica precisam caminhar e que usam o que “ali está” por falta de alternativa.

Uma senhora que também preferiu o anonimato declarou que essa situação “é muito ruim” e que “isso não se vê em outras cidades que procuram oferecer as melhores condições para seus cidadãos praticarem uma atividade ao ar livre, fundamental para a preservação da saúde”.

Ao longo de sua construção até hoje a obra inconclusa sofreu paralisações por falta de pagamento à empresa construtora, a liberação de verbas foi interrompida. Houve tentativas de se obterem em vão novos recursos para se efetivar sua conclusão e o que restou, no fim, foi a verificação da péssima qualidade dos serviços realizados. (C.R.)

Além dos problemas apontados, os caminhantes reclamaram do cocô de cavalos e de cachorros na pista

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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