VENDA DE EXAMES – IBIUNENSES QUEREM SABER NOME DE VEREADOR ENVOLVIDO

A curiosidade por saber o nome de vereador ibiunense que teria se envolvido no esquema de venda de exames no Centro de Diagnóstico da Prefeitura de Barueri, onde o serviço é gratuito, subiu ao topo do termômetro social.

“Qual é o nome, qual é o nome?”, foi a principal reação da população nos espaços de comentários da notícia resultante da entrevista coletiva do secretário da Saúde de Barueri, Milton Monti, concedida na terça-feira (15), em que denunciou o crime.

Monti informou na ocasião que estava encaminhando à Polícia Civil e ao Ministério Público dois casos ocorridos dentro do Centro de Diagnósticos de Barueri e que foram registradas duas ocorrências, nos dias 9 e 10 de agosto, sobre a venda de exames praticada por agentes públicos e uma munícipe.

“Não vamos compactuar com esse tipo de prática no município de Barueri. Trabalhamos com transparência e nunca cobramos nenhum valor do munícipe para realizar exames médicos. Isso não existe neste governo e contamos com o rigor da justiça para que todos os envolvidos sejam punidos”, explicou Monti. 

Como vitrine online publicou, essa notícia caiu como uma bomba em Ibiúna atingindo em cheio a opinião pública, indicando na verdade a revelação de um escândalo, palavra que significa um estado de perplexa indignação pela prática de um ato condenável, ao ferir as normas de conduta moral, cultural ou legal vigente.

E, certamente, enquanto a situação não é devidamente esclarecida, já que, em princípio, todos podem ser suspeitos, fica delicada a situação Câmara de Vereadores de Ibiúna.

A propósito, vitrine online procurou por meio do WhatsApp  o vereador Naldo Firmino, presidente da Casa, que retornou afirmando ser “prematura” qualquer manifestação pública sobre o assunto antes da conclusão dos trabalhos do Ministério Público, que irá apurar o caso e a extensão dos envolvidos.

Na realidade, toda a cidade foi pega de surpresa com a denúncia feita em uma entrevista coletiva bastante concorrida (foto acima) e que deixou muitas pessoas perplexas.

Vitrine online também ouviu um advogado especialista. Ele considerou a denúncia como “extremamente grave”. “O que se sabe é que a denúncia já foi formalizada e encaminhada para o Ministério Público, ao qual caberá fazer as investigações para identificar a participação dos envolvidos e a extensão das participações e a tipificação dos crimes.”

Afirmou que ainda é prematuro qualquer juízo de valor antes que isso seja apurado, com direito de defesa, identificação de quem participou e como participou do esquema.

O lado bom dessa história, se é que possa ter um, é o fato de que as revelações poderão contribuir para a melhoria, pelo menos em parte, da saúde moral na cidade.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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