IBIÚNA – SENTINDO ABANDONO, MORADORES PEDEM MELHORIA NA ESTRADA DO VARGEDO
Há duas realidades paralelas em Ibiúna.
Uma corresponde à linguagem pública da Prefeitura, que recebeu diversas máquinas do governo estadual em 2022 durante a campanha eleitoral, que foram celebradas como grandes triunfos políticos, divulga o programa “Boas Estradas” e diz que Ibiúna está “Renascendo para um novo tempo”.
A outra realidade é o sofrimento do povo que se sente abandonado à própria sorte, com é o caso dos moradores no bairro do Vargedo.
Eles procuraram vitrine online e a TVUNA com um apelo comovente:
“Ajuda-nos!”, diz uma carta aberta que recebemos de uma das moradoras naquela localidade, que dirigimos ao prefeito Paulo Sasaki e ao seu secretário de Obras.
Enviaram vídeos e fotografias da Estrada do Vargedo, a fim de comprovar os fatos que os afligem e os atormentam, especialmente quando chove e nem as ambulâncias do serviço de resgate conseguem chegar ao local que pede socorro, assim como as crianças não vão à escola porque o “tio” da perua não consegue subir a estrada.
CARTA ABERTA AO PREFEITO
Essa carta, segundo apuramos, representa a voz atormenada da população do Vargedo:
“Sou moradora no Vargedo. Estamos precisando de ajuda. A nossa estrada está horrível. Estamos próximos à Capela de Santa Catarina.
As crianças não conseguem ir à escola porque a perua não sobe. O prefeito está enrolando a gente.
Não sabemos mais o que fazer. E eu quero reclamar sobre a nossa estrada.
Não há condições de subir e descer a estrada.
O prefeito não está nem aí pra nós, moradores no bairro.
Já falamos várias vezes com ele. E ele só diz que a máquina vai descer e não desce. Só engana nós.
As crianças em dias de chuva não vão para escola porque o tio da perua não consegue subir.
Nossos carros vivem quebrados, pois a estrada não é arrumada já faz uns três anos.
E ninguém está preocupado com a gente aqui embaixo
Isso porque dizem que o nosso lugar é turístico.
Tenho conhecimento de pessoas que faleceram porque as ambulâncias não puderam transitar pela estrada.
Estamos esquecidos e nem internet temos aqui.
Já briguei, já fiz abaixo-assinados. E naaada!
Estamos esquecidos abandonados
Ajuda-nos!”
