NA TVUNA – O QUE FALTA PARA IBIÚNA SER UMA ESTÂNCIA TURÍSTICA?

Fundadora da “Revisa Mais Ibiúna”, que circula há doze anos e é especializada em turismo, Edilene Niebuhr foi eleita pela primeira vez presidente do Comtur – Conselho Municipal de Turismo de Ibiúna para um mandato de dois anos em 2013.

Renunciou dois meses depois de assumir essa função “por falta de apoio e credibilidade que o Conselho tinha na época”.

Vice-presidente na gestão do Comtur de 2021/2022, foi eleita para um novo mandato para o biênio 2023/2024.

[A revista vitrine online publicará nos próximos dias entrevista com Edilene Niebuhr, jornalista e empresária que vive em Ibiúna há 24 anos]

Ela acredita que ainda falta “sincronismo entre o Poder Público e a iniciativa privada. Estão todos esperando que cada um faça a sua parte e não avançamos. Somos Estância Turística há 23 anos e muito pouco fizemos”.

NA TVUNA, AO VIVO

Edilene Niebuhr será entrevistada ao vivo pela TVUNA nesta quarta-feira, dia 20, às 20h, com transmissão direta pelo Youtube, Facebook e Instagram. E você poderá interagir diretamente pelo chat do canal. Inscreva-se agora: youtube.com/@tv-una.

NADA FOI FEITO

Na realidade, além da exuberante beleza natural com suas matas, rios, represas e ar puro, as administrações públicas nas duas últimas décadas nada fizeram que mereça reconhecimento como uma obra pública voltada para o fomento do turismo. Ao contrário, tiveram que devolver recursos ao governo estadual por não executarem determinadas obras, com foi o caso da reforma da estação rodoviária em governos anteriores.

Ao contrário, temos uma ciclovia inacabada, cheia de problemas, descuidada; uma estação rodoviária em reforma eterna [cuja obra está novamente paralisada], estradas esburacadas e sujas, nenhum ponto de atração turística nas represas, sobretudo na famosa Itupararanga que, desafortunadamente, recebe diariamente toneladas de esgoto sem tratamento, para não mencionar a praça da Matriz, no coração da cidade, que na última reforma ficou completamente descaracterizada com um projeto que eliminou o espírito de praças do interior, para acolher os cidadãos de todas as idades, em suas horas de lazer e descanso.

Recentemente, 14 figueiras que ficavam em frente à praça da Matriz e quer queira, quer não, faziam sombra para as pessoas se protegerem do sol, foram cortadas com a licença nada poética do atual governo de que elas eram plantas exóticas e, portanto, poderiam ser eliminadas. Um dos motivos alegados e discutíveis é que suas raízes ameaçavam a estrutura da igreja ali localizada. A pergunta que não cala, portanto, é: por que foram plantadas naquele local, então?

FALTA MUITO

Está coberta de razão nossa entrevistada quando diz que faltam ações coordenadas entre o Poder Público e a Iniciativa Privada. Mas acreditamos que faltam também planejamento, responsabilidade, vontade política e respeito à Natureza, à população local, assim como aos turistas que visitam a cidade.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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