CARTA AOS ELEITORES DE IBIÚNA

A vinte e sete dias das eleições municipais – para prefeito, vice e vereadores [são 15 no legislativo ibiunense] –  é tempo para falar aos corações e mentes dos eleitores, a maioria mulheres.

Temos perguntado pessoalmente a centenas de cidadãos, incluindo jovens que votarão pela primeira vez, o que sabem do pleito em si, se conhecem os candidatos e até mesmo em quem pretendem cravar os seus votos.

A movimentação dos candidatos está cada vez mais intensa no centro e nos bairros. Temos cinco candidatos ao cargo de prefeito e de vice e nada menos do que 259 candidatos a vereador, incluindo ex-vereadores que querem retornar ao Legislativo local e um maior número de mulheres este ano.

Ainda se verifica um notável grau de desinformação quanto ao que diz respeito aos candidatos. Um considerável número de eleitores, sobretudo residentes nos bairros, nem mesmo conhecem todos os candidatos a prefeito, situação ainda visível em relação a mais de duas centenas e meia de postulantes a uma cadeira no plenário da Câmara Municipal.

Ainda hoje ouvimos uma mulher jovem que admitiu seu desconhecimento por viver distante do cenário político, embora tenha dito que considera importante acompanhar esse tema, que acaba se refletindo diretamente na vida da população, pois a vida do município se fundamenta nas resoluções e atitudes políticas e administrativas.

Por isso mesmo, achamos oportuno escrever esta Carta aos Eleitores de Ibiúna, por que, como já escrevemos aqui, cada voto definirá o futuro da cidade nos próximos quatro anos em termos de serviços saúde, transporte, educação, segurança, condições das estradas e assim por diante.

É preciso admitir que o futuro é um tempo que não existe e não há garantia de que as promessas dos políticos serão cumpridas, basta puxar pela memória o que vem acontecendo há décadas em relação ao que é dito e o que é feito, entre a esperança e a frustração. Conforme o ditado popular, “depois não adianta chorar o leite derramado”.

Portanto, como os políticos em geral são verdadeiros atores representando papeis de conveniência, com honrosas exceções, o que nos resta é o despertar para uma realidade oportuna:

A responsabilidade é de quem escolhe, ou seja, dos eleitores, pois os escolhidos podem muito bem mudar de ideia, depois que são eleitos.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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