PREFEITURA FLAGRA LOTEAMENTO CLANDESTINO GIGANTE NO BAIRRO DA CACHOEIRA

Numa ação conjunta realizada hoje (24) pela Secretaria do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Urbano e policiais da GCM, a prefeitura de Ibiúna flagrou um loteamento clandestino em uma área estimada inicialmente em torno de 200 mil m2, na altura do km 8 da Estrada Municipal da Cachoeira, em frente ao Condomínio Docemar, no lado esquerdo da estrada no sentido cidade-bairro. Segundo técnicos de ambas as secretarias trata-se de uma situação de grilagem de propriedades resultantes do desmembramento da antiga Fazenda Campo Verde, que existia ali até por volta dos anos 1960.

Durante todo o dia, os diretores de Fiscalização e Proteção do Meio Ambiente, Peterson de Almeida, e do Serviço Especial de Fiscalização de Loteamentos e Arruamentos, Sidney Rolim de Freitas, atuaram intensamente com o objetivo de localizar os proprietários das respectivas áreas, assim como da imobiliária que promoveu as vendas.

Almeida afirmou que,”ao irmos ao local, depois de recebermos denúncias anônimas, “descobrimos que estavam vendendo lotes de 3.000 m2 por R$ 13 mil, em prestações, mediante contrato sem valor legal. Além dessa modalidade de ação criminal também há o crime ambiental, pois está sendo devastada uma área nobre de mata nativa do Bairro da Cachoeira. Tendo em vista o que verificamos, há, ainda, o risco de o lugar se transformar numa favela, sobretudo pelo tipo de construções precárias ali encontradas.”

“Chegaram até mesmo a colocar uma placa com nome de rua Valentim de Oliveira, na via que partindo da Estrada da Cachoeira dá acesso às áreas que foram vendidas, possivelmente com o objetivo de convencer os compradores de que se tratava de um negócio regular”, afirmou Freitas.

O diretor de Fiscalização e Proteção do Meio Ambiente disse à vitrine online que esse crime é tão grave ou ainda mais do que o ocorrido recentemente na altura do Km 67 da Rodovia Bunjiro Nakao, quando uma área de mata nativa de mais de 170 mil m2 foi devastada, destruindo e matando animais silvestres e que teve grande repercussão na imprensa.

Na tarde de hoje, Almeida aguardava manifestação da Secretaria de Negócios Jurídicos da Prefeitura para entregá-la imediatamente à promotora do Meio Ambiente do Fórum de Ibiúna, visando embargar as atividades ali o mais rápido possível, antes que o dano à natureza se amplie ainda mais.

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.