GCM PRENDE HOMEM QUE MATOU PM DOMINGO À NOITE
A GCM prendeu hoje (5), por volta do meio-dia, Diego Mendes Reis, 23, que na noite de domingo matou a golpe de faca e com um tiro na cabeça o policial militar Everaldo Fernando de Moura, 36, no bairro Rio Una de Baixo, no município de Ibiúna. A corporação soube que a namorada de Reis havia pego um táxi na Estação Rodoviária da cidade e seguido em direção ao Rosarial, bairro situado na Rodovia Bunjiro Nakao, sentido Ibiúna-Piedade.
Quando o táxi, vindo já em sentido inverso, passou pela viatura, os policiais puderam observar que Reis se encontrava em seu interior. Estavam na operação duas viaturas e duas motos. Como Reis poderia estar ainda com a pistola .40 [que se confirmou], com a qual matou o PM, os gcms esperaram que o táxi, um Corolla, ultrapassasse a rua XV de Novembro e o centro da cidade, a fim de evitar possibilidade de confronto. Por isso, a prisão aconteceu exatamente pouco adiante da rotatória de Ibiúna, na saída da cidade em direção a São Paulo.
O corpo de Moura será sepultado nesta terça-feira no município de Piedade. Ele morreu logo ter dado entrada no Pronto Atendimento do Hospital Municipal de Ibiúna e depois foi transferido para Sorocaba onde foi submetido a exames necroscópicos.
O padrasto de Reis, Adevaldo Fausto Bezerra, mais conhecido como “Pernambuco”, testemunha do crime, também foi preso, por posse ilegal de arma, uma pistola 380, com número de registro raspado, encontrada em sua casa.
O CRIME
O policial militar e seu assassino, que de acordo com informações da Delegacia de Política de Ibiúna tem passagem na polícia por tráfico e aliciamento a drogas, estavam na casa de um vizinho comum reunidos em torno de um churrasco e bebidas. Ambos eram vizinhos de frente na mesma rua Nove, no loteamento São Marco II. Moura residia no número 86, enquanto Reis no número 85.
J.M.C., 14, irmã de Reis também participava da reunião de vizinhos. De acordo com o boletim de ocorrência, Moura, que tem um filho de dez anos, e J.M.C. teriam iniciado um relacionamento. Pouco depois das vinte e uma horas, ambos foram para o quarto, na casa do policial militar, e deixaram Reis na sala. Passaram poucos minutos, Reis foi bater na porta do quarto, que foi aberta pela vítima. Imediatamente, o assassino desferiu um golpe de faca que atingiu o peito do militar, que caiu no chão. Moura teria gritado “abaixa J., não olha, e gritava socorro Pernambuco”. Em contrapartida, Reis gritava “eu vou te matar”. Ao testemunhar, J. disse que ficou abaixada ao lado da cama e ouviu “Pernambuco” bater na porta da sala. Em seguida ouviu um disparo de arma de fogo e correu para fora do quarto, viu o corpo do PM caído na sala, saiu da casa.
“Pernambuco” declarou ter ouvido os gritos de pedido de socorro de Moura e quando se preparava para entrar na casa para verificar o que estava acontecendo ouviu um disparo. Teria pego um pedaço de pau, quando se deparou com seu enteado saindo da casa. Terá desferido uma paulada em Reis que, por sua vez, teria se virado para ele, apontado a arma e feito um disparo que não atingiu “Pernambuco”. Reis, com arma em punho, correu para o interior do mato e se manteve escondido, até ser preso, de surpresa, no táxi em que se encontrava em companhia de sua namorada deixando Ibiúna.