SABESP INICIA EM SETEMBRO OBRAS NO VALOR DE R$ 50 MILHÕES EM IBIÚNA PARA COMPENSAR SISTEMA SÃO LOURENÇO

“A Sabesp realizará em Ibiúna obras de saneamento básico [água e esgoto] no montante de R$ 50 milhões, o que significa o maior investimento já feito nesse setor na história do município”, afirmou hoje à tarde (20) o prefeito Eduardo Anselmo, durante encontro em seu gabinete com representantes da Sabesp e do Sistema Produtor São Lourenço, formado em consórcio pelas construtoras Camargo Correa e Andrade Gutierrez.

Os benefícios que serão proporcionados à população e ao meio ambiente com a execução dessas obras é a contrapartida (compensação) pela implantação do Sistema São Lourenço que coletará água na represa Cachoeira do França localizada no município de Ibiúna, formada pelo rio Juquiá, que abastecerá mais de 1,5 milhão de pessoas moradoras na região metropolitana localizada a oeste da Capital.

O encontro teve como objetivo anunciar ao prefeito que as obras da Sabesp começarão no início de setembro próximo pela sede do município, no bairros Jardim Europa e Puris, na Água Vermelha e no Rio de Uma, se estendendo daí para diversos outros bairros, até que todo o projeto seja concluído no fim de 2016, “até que a última ligação seja feita”, declarou o representante da Sabesp, Sílvio Leifert.

Em relação ao Sistema São Lourenço, as obras no município de Ibiúna também deverão começar em setembro, mas um serviço avançado já se iniciou especialmente em relação aos bairros e ruas por onde passarão as adutoras com 2,5 m de diâmetro. Um exemplo: uma vistoria cautelar está registrando imagens de muros, residências, condições físicas das estradas, a fim de garantir e se responsabilizar por qualquer alteração que ocorra em decorrência das obras. Um relacionamento social com a comunidade também já terá início, como melhorias em instalações escolares.

À vitrine online o prefeito Eduardo Anselmo, demonstrando claramente estar contente com as conquistas, disse que o “município se transformará num canteiro de obras que poderão provocar algum desconforto, mas cujos benefícios serão inegáveis”.

Sistema São Lourenço

Na realidade, o início das obras ocorreu na primeira quinzena de abril deste ano no município de Vargem Grande Paulista, onde funcionará a estação de tratamento de água. O sistema resultará de uma Parceria Público Privada (PPP) mediante a qual as construtoras Camargo Correa e Andrade Gutierrez constituíram o Sistema Produtor São Lourenço – SPSL, responsável pela obra e por sua operação por vinte e cinco anos. Os investimentos estão previstos em R$ 2,21 bilhões. Serão gerados dois mil e oitocentos empregos diretos.

Previsto para entrar em operação em fins de 2017 ou início de 2018, o sistema ampliará a produção de água para a região metropolitana de São Paulo em 4,7 mil litros por segundo. As adutoras, que se estenderão por oitenta e três quilômetros, subirão a Serra do Mar, atravessarão o município de Ibiúna, passarão sob a rodovia Raposo Tavares, na altura de Vargem Grande Paulista, de onde a água será bombeada para abastecer os municípios de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Itapevi, Santana do Parnaíba e Vargem Grande Paulista. O sistema São Lourenço estará interligado a outros sistemas em funcionamento.

O presidente da Câmara Municipal, Abel Rodrigues de Camargo, e o secretário municipal do Meio Ambiente, Fernando Salles Rosa, também participaram do encontro.

 

 

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.