CHOQUE CULTURAL – 70% DOS BRASILEIROS NÃO LERAM NENHUM LIVRO SEQUER EM 2014

 Para quem é apaixonado pelos livros e os entende, como o próprio  nome representa – meio de libertação, de se livrar [da ignorância] – o resultado da pesquisa feita pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro em setenta cidades de nove  regiões metropolitanas não podia ser mais contristante: 70% dos brasileiros não leram nenhum livro sequer em 2014.  Essa realidade é muito boa para os políticos em geral, governantes da hora e os poderosos do mundo econômico privado, pois mantém o status quo, como desejam.

Esse dado desnuda o estado do desinteresse cultural da população brasileira pelo livro que o famoso (?!) escritor argentino Jorge Luis Borges considerou como “uma extensão da memória e da imaginação”.

Entre os leitores, a leitura caiu de 35% para cerca de 30% e revelou-se que o consumidor brasileiro demonstrou pouco entusiasmo tanto pela arte quanto pela literatura: 55% declararam não terem feito nenhuma atividade cultural no ano passado [em 2013, esse percentual era de 49%, o que revela uma diminuição no acesso a essa importante área para o desenvolvimento do ser humano

As dificuldades da vida real [queda de renda, desemprego, inflação, desconfiança generalizada no País, etc.] refletiram-se nesse resultado, já que se trata de uma dedicação em tempos de lazer, mas que exige dispêndios.

A pesquisa apontou que o uso da Internet, sobretudo por meio dos smartphones como um dos responsáveis pela queda na leitura, principalmente entre os jovens. Houve queda também na freqüência dos cinemas.

A maior parte dos entrevistados argumentaram que não leem ou não frequentam atividades culturais por falta de hábito. Os pesquisadores, no entanto, consideraram que a situação econômica do país também interfere no lazer dos brasileiros.

Livro

Veja o que disseram alguns escritores sobre o livro:

“Um país se faz com homens e livros.” – Monteiro Lobato
“O livro é uma extensão da memória e da imaginação.” – Jorge Luis Borges)

“Livros são os mais silenciosos e constantes amigos; os mais acessíveis e sábios conselheiros; e os mais pacientes professores.” – Charles W. Elliot

“É claro que meus filhos terão computadores, mas antes terão livros.” – Bill Gates

“O mundo é um livro no qual o espírito eterno gravou os seus pensamentos.” – Tommaso Campanella

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.