“UMA VERGONHA”, DIZ MULHER SOBRE A SUJEIRA E A FALTA DE SEGURANÇA PARA CHEGAR AO CENTRO DE IBIÚNA A PÉ

Na primeira quinzena de fevereiro deste ano, especialmente no dia 13, foi entregue a maior parte das chaves às famílias sorteadas no projeto “Minha Casa, Minha Vida”, num conjunto de 472 casas construídas no início da Estrada da Cachoeira, no bairro de mesmo nome, a cerca de um quilômetro do centro da cidade. Neste mês, já estão ocupadas 118 unidades, perfazendo um total aproximado de quinhentas pessoas, entre crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Quando a ocupação estiver completa, estima-se que ali haverá uma população superior a duas mil pessoas, já que a média por habitação esta indicando ser superior a quatro indivíduos.

Um dos sérios problemas que está afligindo diariamente essas e outras moradoras no bairro da Cachoeira é como chegar a pé ao centro da cidade, já que no trecho inicial da estrada não há calçamento e sim uma vala estreita e coberta de lixo. Ou se caminha por ali, ou do outro lado da rua, que também não tem calçamento, o que obriga as pessoas a andaram na pista de rolamento de ambos os lados.

“De manhã, quando há ainda muita umidade no chão, fica extremamente difícil caminhar por ali, pois grande é o risco de escorregar e de quedas”, disse a vitrine online a mãe de três filhos, que reside naquela localidade.

CAMINHADA PERIGOSA PERIGO SUJEIRA

Vitrine online observou diretamente cenas do tipo: duas mulheres, cada uma empurrando um carrinho de bebê, caminhando lado a lado na faixa de rolamento, com risco de serem atropeladas, porque esse local é precedido por uma curva cega – e ali transitam ônibus, caminhões, carretas, automóveis, tratores, etc.

“É uma vergonha que as autoridades ainda não tenham percebido essa situação que nos faz sentir desprezados, como se não morássemos aqui em Ibiúna”, queixou-se outra senhora que caminhava sozinha e com desconforto pela superfície irregular da vala e para desviar do lixo.

Vitrine online já havia alertado para esse problema com uma notícia em que destacava o mato crescido que cobria toda a margem e estreitava a pista e dificultava a visibilidade dos motoristas ao entrarem na curva, enquanto os transeuntes caminhava certamente sobre o asfalto por falta de alternativa.

Já havíamos noticiado a precária situação da ponte que fica logo adiante, sobre o rio de Uma, mas que foi prontamente reformada. Alguém da prefeitura se sensibilizara com o problema e resolvera solucioná-lo. Agora, seria mais de que oportuno que o prefeito de Ibiúna, que mora a poucas centenas de metros do desse local, arregaçasse as mangas e determinasse, o mais breve possível, uma solução que proporcione conforto e segurança aos munícipes que, embora cautelosos, se queixaram muito ao serem entrevistados. (C.R.)

minha casa meu caminho

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.