EXCLUSIVO – CME APONTA SÉRIAS IRREGULARIDADES EM ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL E FUNDAMENTAL EM IBIÚNA

Diligências feitas por três câmaras do Conselho Municipal de Educação – CME de Ibiúna – nas escolas de educação infantil e fundamental reabertas pela atual administração municipal – comprovaram que elas são precárias e não têm condições físicas para funcionar.

Este foi um dos temas da reunião extraordinária do CME realizada hoje (3) pela manhã em um local improvisado, já que o prédio da Secretaria Municipal da Educação permaneceu fechado, mesmo havendo aulas na rede de ensino.

NOVO CONSELHO

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A reunião fora convocada exatamente a fim de avaliar o diagnóstico que apontou diversas irregularidades e que haviam chegado ao conhecimento do Conselho por meio de denúncias da população.

fabianoO presidente do CME, professor José Carlos Fabiano (foto), disse à vitrine online que é “muito grande” a preocupação dos conselheiros em relação ao baixo “nível de aprendizagem” dos alunos que é facilmente detectável quando chegam ao sexto ano.

Argumentou ainda que, pelo fato de o processo seletivo ter se atrasado e, em seguida, feito a toque de caixa, também demonstra a forma como os problemas da educação do município estão sendo conduzidos.

É aparentemente consensual entre os conselheiros que a Secretaria da Educação de Ibiúna os trata com “indiferença” e “má vontade”. Um exemplo disso apareceu hoje quando “encontramos a porta da secretaria fechada, quando, por determinação legal, a instituição é obrigada a proporcionar um local para as reuniões do conselho”. O outro diz respeito ao fato que a atual secretária da Educação, Nydia Bello de Oliveira, não ter participado de nenhuma reunião do conselho. Em 2014, somente enviou uma assessora a dois encontros.

O CME também revelou que parece haver, pelas evitações de contatos e distanciamento, “por parte da Secretaria da Educação, uma animosidade em relação à representatividade do conselho. “Nós, ao contrário, estamos abertos ao entendimento e boa vontade tendo em vista a grande responsabilidade que nos compete em assegurar qualidade pedagógica no ensino proporcionado pela rede municipal”, enfatizou Fabiano.

Ata e ofícios

Tão logo fique pronta a ata que refletirá a complexidade e variedade de problemas, o CME expedirá ofícios às autoridades municipais do Executivo e do Legislativo pedindo providências e respostas, entre outros assuntos:

  1. O primeiro deles será dirigido à secretária da Educação pedindo esclarecimento sobre o motivo pelo qual o prédio dessa pasta estava fechado em dia de aula regular e o porquê do não atendimento ao pedido de reserva de sala, conforme regimento interno e dentro do prazo antecipado de 48 horas não foi respeitado; [Aliás, a reunião só se realizou porque se conseguiu na última hora uma sala da E.M. Elídio Mantovani.]
  1. A solução urgente dos problemas estruturais verificados nas escolas reabertas pelo governo municipal e que até mesmo foram alvo de notícias para prestigiar o atual prefeito, mas que não oferecem condições funcionais;
  1. Informações sobre o Plano Municipal da Educação que deverá ser apresentado no dia 24 de junho, em relação ao qual se pleiteou que todo o corpo funcional da educação seja contemplado e não apenas os professores.

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.