OBRAS DA CALÇADA DA ESTRADA DA CACHOEIRA DEVEM SER INICIADAS EM AGOSTO

A pedido da revista vitrine online, que já publicou duas reportagens apontando o problema e pedindo solução, a assessoria de Imprensa da prefeitura de Ibiúna enviou nota hoje (14) informando que as obras da calçada da Estrada da Cachoeira serão iniciadas em agosto, sob contrato emergencial.

Ao todo serão cerca de 400 metros de extensão, desde a entrada do Real Parque até as residências do Minha Casa, Minha Vida, informa a prefeitura, acrescentando que “a obra atenderá a centenas de moradores que utilizam o local diariamente”, conforme já havíamos apontado.

calçada

Vitrine online publicou a primeira notícia sobre esse assunto no dia 25 de maio e a segunda no dia 27, dois dias depois, surpresa com a rápida resposta da prefeitura que enviara para o local um trator que desbastou o barranco existente naquele trecho, preparando a área para receber o calçamento, que deverá incluir uma calha para escoar as águas das chuvas, pavimento e guia.

Sujeira e falta de segurança

O título da matéria publicada no dia 25 de maio, revelava o cenário então constatado e que permanece igual até o momento: “Uma vergonha”, diz mulher sobre a sujeira e a falta de segurança para chegar ao centro de Ibiúna a pé.

Lembrava que na primeira quinzena de fevereiro deste ano, especialmente no dia 13, foi entregue a maior parte das chaves às famílias sorteadas no projeto “Minha Casa, Minha Vida”, num conjunto de 472 casas construídas no início da Estrada da Cachoeira, no bairro de mesmo nome, a menos de um quilômetro do centro da cidade. Na ocasião, já estavam ocupadas 118 unidades [esse número aumentou desde então] perfazendo um total aproximado de quinhentas pessoas [também já aumentou], entre crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Quando a ocupação estiver completa, estima-se que ali haverá uma população superior a duas mil pessoas, já que a média de ocupação por habitação esta indicando ser superior a quatro indivíduos.

Um dos sérios problemas que está afligindo diariamente essas e outras moradoras no bairro da Cachoeira – pontificava a notícia – é como chegar a pé ao centro da cidade, já que no trecho inicial da estrada não há calçamento e sim uma vala estreita e coberta de lixo. Ou se caminha por ali, ou do outro lado da rua, que também não tem calçamento, o que obriga as pessoas a andaram na pista de rolamento de ambos os lados.

“De manhã, quando há ainda muita umidade no chão, fica extremamente difícil caminhar por ali, pois grande é o risco de escorregar e de quedas”, disse a vitrine online a mãe de três filhos, que reside naquela localidade.

Vitrine online observou diretamente cenas do tipo: duas mulheres, cada uma empurrando um carrinho de bebê, caminhando lado a lado na faixa de rolamento, com risco de serem atropeladas, porque esse local é precedido por uma curva cega – e ali transitam ônibus, caminhões, carretas, automóveis, tratores, etc.

“É uma vergonha que as autoridades ainda não tenham percebido essa situação que nos faz sentir desprezados, como se não morássemos aqui em Ibiúna”, queixou-se outra senhora que caminhava sozinha e com desconforto pela superfície irregular da vala e para desviar do lixo.

Hoje, no entanto, recebemos a boa notícia de que o problema será resolvido. Vamos acompanhar, desde já ressaltando a necessidade de que também na outra margem da pista haja calçada, pois a situação ali é igualmente precária.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.