Que dupla jogará melhor: Carlinhos e Rodrigo ou Rozi e Beto Arrais?
Antes mesmo de cinco de fevereiro, quando se realizará a primeira sessão ordinária da Câmara Municipal de 2013, dois dos novos vereadores vêm tendo uma atuação intensa, sobretudo para revelar os bastidores da administração municipal.
Trata-se de Rozi Soares (PV) e Dalberon Arrais Matias (PPS) que votaram contrários à eleição do novo presidente da Câmara, Carlos Roberto Marques Júnior (PT) e demonstram que farão uma dura oposição cobrando transparência nos atos do Executivo e do próprio Legislativo.
Ambos têm como alvo de atuação descobrir o lado “b” do governo anterior, coisas que feriram a ética e as normas legais e, de alguma forma, prejudicaram financeiramente os cofres públicos e a prestação de serviço à população, sobreduto na área da saúde.
O mesmo procedimento estão adotando em relação à atual administração, empossada no dia 1º de janeiro. Acompanham as reuniões executivas, avaliam quem permaneceu da administração passada e os perfis dos servidores que estão sendo contratados.
Arrais já se manifestou, por meio da vitrine online, contra o que poderia ser chamado de continuísmo no sistema de saúde municipal cuja gestão, segundo ele, não conseguiu colocar a casa em ordem. Rozi, com exceção dos momentos em que dá atendimento em sua farmácia, está acompanhando de perto os passos do prefeito Eduardo Anselmo (PT) e de sua equipe.
Mas essas condutas terão um encontro marcado no cenário da Câmara Municipal, quando estarão frente a frente, com dois atores aliados à prefeitura: o novo presidente da Câmara, Carlinhos Marques e o vereador Rodrigo de Lima (PCdoB), advogado, que o novo presidente da edilidade considera seu forte aliado e um símbolo da renovação política ibiunense.
Enquanto Rozi parece não ter papas na língua, como demonstrou no dia de sua posse, Arrais demonstra estar preparado para usar sua experiência como advogado para dar sustentação a uma língua igualmente afiada.
Se cumprirem essa missão com bom senso, equilíbrio e coerência poderão provocar um estimulante e democrático debate na vida política ibiunense. Afinal, tudo o que não pode acontecer é a mesmice sonífera incapaz de mudar uma realidade conservadora. (C.R.)
