ACIDENTES ENVOLVENDO MOTOS SÃO CADA VEZ MAIS FREQUENTES EM IBIÚNA

atropelamento de motoEssa cena foi flagrada hoje, por volta das 14h30, em frente ao número 350 da rua Pinduca Soares, no centro da cidade de Ibiúna. A mulher atingida, segundo versão do atropelador, estava atravessando de um lado da calçada em direção à calçada do cemitério. Ele tinha acabado de fazer a curva e de acessar a Pinduca [vindo da direção da avenida São Sebastião] e não teria tido tempo de parar ou fazer desvio. “Bati meu braço no rosto dela”.

A senhora foi atendida pela equipe do Resgate e encaminhada ao Hospital Municipal.  Tinha um pequeno sangramento no nariz e estava lúcida e conversando com os resgatistas e PMs que atenderam à ocorrência.

É certo que acidentes podem acontecer e acontecem em todas as cidades, mas é preciso lembrar que, em Ibiúna, os episódios – diversos deles fatais – têm acontecido de modo cada vez mais frequente. Um dos motivos é o número de motos que mais do que quadruplicou nos últimos oito anos.

Há casos em que as motos são adquiridas em leilões e, em vez de serem destruídas ou desmontadas e suas peças vendidas, porque são retiradas dos registros oficiais, continuam sendo utilizadas, sobretudo por menores sem a devida habilitação [não foi o caso acima apresentado].

Ontem mesmo vitrine online noticiou um incidente envolvendo uma moto e um ônibus da Viação Raposo Tavares que culminou como uma cena de agressão em que o motorista do ônibus foi violentamente atingido e quase perdeu a visão no olho direito.

Na rodovia Bunjiro Nakao, sobretudo no trecho entre Ibiúna e Piedade, com muitas curvas e sinuosidades, registraram-se ocorrências extremamente graves de choque de motos com caminhões, ônibus e mesmo automóveis em colisões frontais e mortes instantâneas. Vidas de jovens que se vão.

É preciso ainda considerar que as ruas centrais da cidade são estreitas e foram construídas no processo histórico da formação urbana de Ibiúna. Apenas recentemente foram instalados os primeiros semáforos dando um ordenamento à mobilidade nos cruzamentos e na travessia de pedestres, mas é preciso que as autoridades responsáveis pelo trânsito no município iniciem um trabalho educacional e de caráter preventivo para, ao menos, reduzir o número de acidentes. Intensificando a fiscalização, por exemplo.

Não é raro que motociclistas caiam com suas motos em lombadas que não recebem sinalização (pintura de destaque) e não se diferenciam adequadamente em relação à pista asfaltada. Mas não é menos verdade que há muita imprudência, falta de atenção e abuso da velocidade

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.