FECHADA 18 DIAS – CRECHE “SANTA CLARA” VOLTA A FUNCIONAR NA PRÓXIMA 4ªFEIRA, ANUNCIA A PREFEITURA

creche santa claraA creche “Santa Carla” interditada no dia 27 de agosto, em virtude de manchas que apareceram na pele tanto das crianças quanto dos funcionários, será reaberta na próxima quarta-feira (16), de acordo com nota encaminhada hoje (9) à tarde à vitrine online, que noticiou o assunto com exclusividade. A Secretaria da Educação informa ter aproveitado a interdição, para fazer uma reforma em toda a unidade, com troca de forro [será de PVC], fiação elétrica e banheiros.

Segundo apurou vitrine online, a creche “Santa Clara” que fica em frente ao prédio dos Correios, no centro da cidade, atende a cerca de trinta crianças com idades entre seis meses até dois anos e meio. E desde aquela data tiveram que ficar em suas casas. Com relação ao problema de saúde havido, ainda aguarda-se resultado de exames para saber a causa.

Em relação à creche “Rosana Lima Marcicano”, na Vila Pitico, também houve interdição, mas por apenas dois dias e, por medida de precaução, foi higienizada e dedetizada, ação que deverá ocorrer também nas demais unidades pertencentes ao município.

forro

Nota da prefeitura

Eis, na íntegra, a nota formulada pela Secretaria da Educação oficial em que prefeitura presta as informações, sobretudo aos pais das crianças que telefonaram ou escreveram para vitrine online:

“1. A Escola Municipal “Rosana Lima Marcicano” – Vila Pitico, não foi interditada, mas foi fechada pelo período de 02 dias, para realizar os procedimentos de: A. higienização e B. dedetização. Tanto que a referida Unidade Escolar já se encontra funcionando, atendendo as crianças normalmente.

2. Quanto à Escola Municipal “Santa Clara”, aproveitou-se a referida interdição para a realização dos procedimentos profiláticos e sanitários acima citados, para fazer um conjunto de reformas e ampliações internas que eram necessárias, como troca de forro, troca da fiação elétrica, banheiros etc., sendo que o retorno das aulas está previsto para o próximo dia 16 de setembro deste ano.

Imprescindível se faz enfatizar que tais reformas eram necessárias, e aproveitou-se a ocasião para realizá-las: sempre tendo em vista o cuidado e bem-estar das crianças que são atendidas na Rede Pública Municipal de Educação, bem como oferecer melhores condições de trabalho aos profissionais envolvidos no cuidado destas crianças.

Ainda, o procedimento de higienização e dedetização das creches será realizado, conforme a necessidade, em todas as Unidades Escolares deste Município.”

Fumo nas creches

Ainda hoje, vitrine online foi procurada por uma servidora municipal [pediu para não ser identificada]. Ela pede à secretária da Educação, Nydia Bello de Oliveira, que tome providências urgentes para proibir que funcionários fumem cigarros no interior das creches. “Já cheguei perto de uma criança e senti que sua roupa estava cheirando a fumo”, declarou. “E estou falando de crianças com dois a três anos e meio de idade.”

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Nota da Redação: Vitrine online se sente na obrigação de informar que foi difícil formular a notícia sobre a creche “Santa Clara”. As denúncias foram feitas com discrição e pedidos para não divulgar nomes e não havia, portanto, uma fonte de referência segura. Os pais se mostraram receosos de se exporem. Somente quando a prefeitura respondeu ao questionário de vitrine online é que foi possível esclarecer os fatos. A interdição da creche não tinha como motivo “manutenção”, como dizia um cartaz colado em seu portão, e sim se tratava de doença coletiva de pele. Houve, pelo que se observou na própria nota, o cuidado de se impedirem boatos. Que esse episódio sirva de exemplo para a prefeitura [existe aqui um jornalismo sério e responsável], pois em caso de qualquer natureza a única forma segura de agir é por meio da verdade e da transparência. Não havia intenção de acusar quem quer que fosse, mas de respeitar e informar a opinião pública de forma correta.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.