MENINO MORRE AFOGADO NA REPRESA ITUPARARANGA; É A TERCEIRA VÍTIMA FATAL EM VINTE DIAS

enteado

Um menino de oito anos morreu afogado na represa de Itupararanga na tarde deste domingo (27), na Vila Pitico, bairro do Campo Verde. Ele estava se banhando próximo à margem junto com outras duas crianças. As três estavam se afogando e duas foram salvas, uma menina e um menino, respectivamente filha e sobrinho de Juari Macedo dos Santos, 32, com o qual se encontravam no local. O menino que morreu era enteado de Santos. Todos moradores no bairro do Rosarial, no município de Ibiúna.

COMO ACONTECEU

Na Delegacia de Polícia de Ibiúna, Santos declarou que estava com familiares e que sua filha, seu sobrinho e seu enteado estavam se banhando a alguns metros próximo dele. Quando se deu conta, recebeu aviso de um homem que estava pescando de que uma criança estava se afogando.

Ele se lançou na água e socorreu seu sobrinho deixando-o na margem. Em seguida foi em socorro da filha e, por último, foi buscar seu enteado. A filha foi reanimada com massagem e sobrinho não precisou dessa providência. Seu enteado, no entanto, não se recuperou e morreu no local. O Samu foi chamado e as três crianças foram levadas ao Hospital Municipal, onde a morte do menino foi constatada.

TRÊS MORTES

Nos últimos vinte dias ocorreram três mortes nas águas da represa, todas em domingos, quando as pessoas procuram buscam lazer nas margens com acesso livre da Itupararanga. Em nenhum desses lugares se encontram serviço de salva-vidas ou mesmo avisos de perigo ou de interdição.

No dia 7, José Braz, 50, morador em São Vicente, no litoral paulista, morreu afogado na “Prainha do Piratuba”. Ele havia saído em um caiaque que acabou virando em águas profundas. Braz tentou se manter agarrado à pequena embarcação que ficou só com a ponta de fora, mas acabou afundando e não mais foi visto até que seu corpo foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros no dia seguinte.

No dia 20, Valdemar Ferreira Carvalho, 58, morador no bairro da Cachoeira, que estava dentro do Parque Ecológico, na altura do km 8 da Estrada da Cachoeira, afogou-se por volta das 14 horas. Segundo o boletim de ocorrência, Otacílio, irmão de Valdemar, declarou que a vítima havia ingerido bebida alcoólica e que teria almoçado, resolvendo ir nadar em uma parte mais profunda da represa naquele local onde afundou, sendo retirado do fundo onde ficou enroscado pelo Corpo de Bombeiros.

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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