IBIÚNA – A “NOIVA AZUL” ESTÁ PRONTA PARA VIVER UM GRANDE AMOR
Há anos requesto Ibiúna. Busco onde está seu amor. Tempo suficiente para escrever um romance envolvendo muitas personagens e suas histórias. Nesse cortejo impossível de seguir sem os halos protetores de aliados invisíveis, vislumbro relevantes sinais que percebem os buscadores de amor, não por alguém em particular, mas por todos.
Nessa jornada heroica aconteceram muitos fatos se não inesquecíveis, marcantes. Decepções, sim, arranhões de espinhos que sangram e fazem calar, olhares tristes de pessoas do povo carente, fingimentos primitivos e ordinários, insídias, hipocrisia, sonhos, esperanças, dores da condição humana, momentos de desesperos, mortes prematuras, violências impiedosas, embrutecidas ao extremo, as perdas de si e variadas loucuras.
Mulheres e crianças sujeitas às desgraças protagonizadas por homens-animais grosseiros e ignorantes. As drogas se espraiando terrivelmente. A falta de educação estimulada pelos poderosos inconsequentes.
As consequências. Surtos de loucura, sentimentos doloridos de solidão, comportamentos artificiais, distanciamento do próprio coração, superficialidade e a repetição e mesmice de cada dia sem futuro. A separação de corpo e alma. A perda de sentido e de significado. Um grito de socorro aqui, outro ali, cujos ecos nem chegam a se formar. Povo abandonado à própria sorte!
Hoje posso ver. A Ibiúna que amo agora é uma pequena semente que acaba de ser lançada no solo fértil de uma terra chamada esperança. Logo vai brotar à luz do sol, iniciando sua jornada de crescimento. Assim, começa a surgir uma nova Ibiúna preservando a riqueza de sua história e do seu povo, abrindo-se como um girassol. A luz, entre todas as coisas, é a única que nunca se contamina.
Aqui e ali vejo pessoas num considerável esforço humanitário para reverter um processo que promoveu dor e sofrimento e que agora está sendo substituído irreversivelmente por um novo paradigma de prazer e alegria. A esses novos heróis do cotidiano vai o aplauso de que prossigam o bom combate e aprendam a cada novo dia a serem melhores no que fazem para que haja justiça e respeito devido à população.
A brisa que trouxe a leveza para corações e mentes precisa se espalhar por todos os cantos com o resgate da fé e da esperança do povo em si mesmo, como ponto de partida para esse início de uma nova história que levantou voo nas asas de uma inspiração de amor e de saber que é possível, sim, a vinda de melhorias substanciais na vida de toda a população.
Basta de ilusões, mentiras, autoenganos. Juntos, é o que precisamos estar a cada novo momento, a fim de que seja superado um hábito que nos hipnotizou por muitos anos trevosos, em que imperou uma forma negligente de lidar com pessoas.
Um novo tempo começa a se descortinar para os ibiunenses e precisamos ter paciência e ajudar aqueles que ainda estão retidos no passado e precisam abrir os olhos para as novidades que devem levar à realização de um sonho a ser realizado: queremos ser livres para amar, ser amados e experimentar a felicidade.
O canto da “Noiva Azul”, com seu manto sonoro que se irradiou celebrando esses dias de florescimento da esperança sintetizada nos novos personagens que assumiram os cargos para administrar e legislar o município, prossegue ressoando por toda a terra ibiunense. Um canto marca o encontro para se viver um grande amor. (C.R.)