MINISTRO DO STF SENTE “VERGONHA” PELO QUE ESTÁ ACONTECENDO NO BRASIL; AÍ, SIM, ESTAMOS DE ACORDO!

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Supõe-se que nenhum brasileiro, com um mínimo de sanidade, descordará do sentimento do ministro Luíz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal – STF, manifestado na sexta-feira, 31.3, em Brasília, durante palestra intitulada “Diálogo entre Cortes: fortalecimento de proteção dos direitos humanos”, no Superior Tribunal de Justiça – STJ, de acordo com notícia veiculada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”

Na esteira das corrupções provocadas por uma voracidade de piranha por autoridades do Executivo, do Legislativo Federais e uma caterva de empresários inescrupulosos, o Estado, que não cumpre suas finalidades por incompetência ou má-fé, se põe contra a Sociedade de forma alarmante.

O temerismo, ao adotar  e pretender impor goela abaixo do povo a reforma da Previdência e a Lei da Terceirização, injeta seu veneno altamente tóxico na sofrida população brasileira.

A sociedade, é notório, esboça suas reações e é exatamente nesse quesito, e não no Congresso Nacional, que a História se mantém no seu observatório. O povo vai, afinal às ruas, de forma massiva reivindicar seus direitos que estão sendo rompidos unilateralmente?

O ministro Barroso foi categórico em suas palavras:

“É impossível não sentir vergonha pelo que está acontecendo no Brasil e não podemos desperdiçar a chance de fazer com que o futuro seja diferente. Nós nos perdemos pelo caminho e precisamos encontrar um caminho que nos honre como projeto de País e nação.”

Com um índice de reprovação elevado, a propaganda do seu governo veiculada na televisão recentemente, com a inserção da maioria absoluta de mulheres e não de homens [e aí tem intenção], talvez seja incapaz de persuadir até mesmo o gatinho aconchegado na sala em frente do aparelho.

O ministro Barroso assinalou também que há uma “impressionante quantidade de coisas erradas” acontecendo no País. “É uma prática institucionalizada, que vai do plano federal, passa pelo estadual e chega ao municipal. Pode ser na Petrobrás, no BNDES, na Caixa Econômica, nos fundos de pensão, no Tribunal de Contas do Estado A, B ou C, tudo está contaminado pelo vício de levar vantagem indevida, para deixar de fazer o que se tem de fazer.”

Por fim, o magistrado disse considerar a corrupção como “um mal em si” e que “não devemos pegar esse atalho equivocado que não nos levará a lugar algum de que não se pune aqueles que frequentam os mesmos banquetes que a gente”. (Carlos Rossini)

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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