VIVA O BRASIL! – GÁS DE COZINHA AUMENTA PELA QUINTA VEZ CONSECUTIVA

Atenção brasileiros e brasileiras, a Petrobras anunciou hoje (3) que o botijão de gás de cozinha de treze quilos está mais caro [+4,5%]. Trata-se do quinto aumento consecutivo desde junho, quando a empresa [usada e abusada para corrupção de bilhões de reais] modificou a política de preços para o produto nessa embalagem. O aumento acumulado desde então chega a 54%.

E sabem quais foram as últimas palavras ditas pelo famoso escritor Monteiro Lobato, em uma entrevista que ele concedeu a uma emissora de rádio paulista no dia 2 de junho de 1948: “O petróleo é nosso!”. Essa frase criou asas e fez fama. Dois dias depois Lobato morria, aos 66 anos. Mas, sua campanha visando a emancipação econômica do Brasil resultaria exatamente na criação da Petrobras. Desde então…bem o petróleo pertence, na realidade, às imposições das cotações internacionais, motivo dos aumentos alegado pela empresa, que deveria ser orgulho dos brasileiros, mas que, na realidade, é motivo de vergonha.

Todos sentem na carne – pobres donas de casa pobres – a situação de falência moral, política e econômica do Brasil, governado em sequência pelo PSDB, PT e PMDB. A nação [isto é, o povo] vive num estado de miserabilidade generalizado de desemprego [milhões e milhões], saúde, violência [a cidade maravilhosa virou um Iraque], enquanto o Executivo, o Congresso Nacional e o Superior Tribunal Federal protagonizam espetáculos grotescos.

Nesse mesmo país, cujas autoridades se encontram desmoralizadas, há fatos aparentemente desconectados, mas bastantes significativos: flagra em sala de apartamento baiano abarrotada com milhões de reais, caminhões e outros veículos interceptados por policiais nas rodovias carregados com milhões de reais em espécie, armas e drogas.

O que mais assusta, no entanto, é a anestesia que tomou conta da alma brasileira que continua aceitando todas essas marolas e engolindo os maiores sapos da história recente de forma acachapante.

Como as pesquisas brasileiras tradicionalmente têm má fama ou desprestígio, talvez por isso não se veem cruzamento de informações correlacionando o aumento de homicídios e suicídios, mortes violentas, estupros, organizações criminosas bem armadas e poderosas num cenário em que as instituições se tornaram figuras decorativas e sem credibilidade.

A perda de confiança e de esperança nas autoridades é motivo de grandes transtornos mentais para muitos brasileiros e de alegria para a indústria farmacêutica e seus medicamentos psiquiátricos. Mas, pelo andamento da carruagem, terão que fazer um lobby para combater seus concorrentes produtores e distribuidores das chamadas drogas ilícitas que destroem a juventude brasileira e o futuro do Brasil. (C.R.)

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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