O MAL QUE O GOVERNO MICHEL TEMER FAZ AOS BRASILEIROS É ABOMINÁVEL

Com a intenção explícita “reordenar” a economia brasileira, já de há muito falida, também ética e moralmente, o governo de Michel Temer parece enxergar a nação como entidade abjeta e desprezível, e dá sinais que a empurra rumo a uma condição de miserabilidade absurda! Claro, não está só. Tem a insensata conivência de senadores e deputados federais.

A reforma trabalhista e a pretendida reforma da previdência [significando perdas de poder e de ganhos reais] fazem parte de um vampirismo sem precedentes em nossa história, ainda que tenhamos tido por aqui escravidão e outras explorações de trabalhadores de muitas maneiras injustas, talvez porque tenhamos uma origem colonial exploratória. O empobrecimento geral dos brasileiros é indisfarcável.

O Brasil, como descoberta dos portugueses, era objeto de desejo apenas de suas riquezas, do ponto de vista da competição entre estados europeus, nos séculos XV e seguintes.

Sem empregos, sem hospitais, sem remédios, sem educação, sem segurança pública, sem dignidade humana, se junta a essa plêiade de escassez, por todo o território nacional, a sustentação de uma corrupção persistente, desvirtuadora do que poderia nos alimentar com algum fiapo de esperança.

Essa massa informe de corruptos – políticos, empresários e autoridades judiciárias – constitui uma caterva, figuras moralmente medíocres e liliputianas. São mesmo inspiradas em uma perversidade desumana, ao tirarem recursos que poderiam resolver muitos dos problemas que angustiam a população, sobretudo no setor da saúde pública. São muitos bilhões de reais transferidos para contas de crápulas de sangue frio.

Haverá eleição no próximo ano e, por pior que sejam as alternativas, pois o que se terá formado de uma geração impoluta para administrar o país e legislar? As movimentações especulatórias, os nomes mencionados e até mesmo o desejo de militarização do Estado brasileiro, demonstram, inequivocamente, uma situação de deriva, de incertezas graúdas pela frente. Quem deixa de sentir calafrio quando houve falar de PT, PSDB, PMDB e outros partidos políticos cheio de histórias e tradições nem um pouco respeitáveis, pelo menos para as pessoas mais bem informadas sobre os fatos políticos?

Com Michel Temer e sua caterva estamos em uma situação ruim e, no andamento da carruagem, com um congresso nacional integrado por personagens pífios, pode piorar ainda mais. Não temos líderes, não sentimos segurança e tampouco confiança nas autoridades que estão nuas, mas que querem nos fazer compreender que têm algo a nos oferecer, como se desejassem e fossem competentes para proporcionar melhorias efetivas ao povo brasileiro. Transferir as coisas para o futuro indefinidamente é o mesmo que nada realizar. (Carlos Rossini)

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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