FUTURO DE IBIÚNA ESTÁ LIGADO À PRESERVAÇÃO DAS ÁGUAS DA REPRESA ITUPARARANGA
Por acreditar que cumpre sua função de prestar serviços à coletividade, a revista vitrine online passa a publicar uma série de reportagens sobre as condições das águas da represa Itupararanga, a partir de entrevista com o biólogo André Cordeiro Alves dos Santos.
Ele é professor de microbiologia ambiental e recursos hídricos da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar), campus Sorocaba, e coordenador da Câmara de Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos do Comitê de Bacias do Rio Sorocaba e Médio Tietê.
Desde 2006, o Dr. André pesquisa a represa Itupararanga e seu diagnóstico atual é sombrio: a qualidade das águas piora a cada ano, contaminada por esgoto in natura, que recebe dos rios que são seus formadores, e dos agrotóxicos que escorrem das plantações para os rios ou diretamente em suas margens.
Com 2.723 hectares de área (27 milhões de m2), a represa Itupararanga abastece os municípios de Sorocaba, Votorantim, Ibiúna, São Roque e Alumínio. A maior parte de sua extensão se encontra no município de Ibiúna. As águas da represa também são utilizadas para geração de energia na usina hidrelétrica da Companhia Brasileira de Alumínio, pertencente ao Grupo Votorantim, localizada na cidade de Alumínio.
O entrevistado explica que a situação atual da Itupararanga é equiparável à represa Guarapiranga há vinte anos, cujas águas se encontravam em condições de uso para abastecimento público, mas que hoje se encontra em situação-limite, tal é seu nível de contaminação.
As reportagens revelarão informações tão supreendentes como indicarão os caminhos a serem seguidos pelas autoridades municipais, estadual e federal [nestes níveis com intensa mobilização da sociedade], a fim de que a Itupararanga seja preservada e não se transforme em espécie de “pântano”, como, infelizmente, ocorreu com outras represas no Estado de São Paulo. As soluções técnicas existem, assegura Dr. André, e exigem investimentos de acordo com políticas públicas bem planejadas e executadas. (Carlos Rossini)