OS 11 ONZE PRÉ-CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CITADOS ATÉ AGORA PARECEM FARINHA DO MESMO SACO

São onze personagens – e não vou nomeá-los para evitar mal-estar em pessoas inteligentes e sensíveis – que fazem parte de uma cultura e hábitos políticos que levaram o Brasil à situação lamentável em que se encontra hoje, como um circo dos horrores para a população.

Fazem parte do tecido apodrecido da corrupção interminável e de partidos desmoralizados por não se constituírem em agremiações minimamente sérios para sustentar bandeiras que efetivamente seriam de interesse genuíno da nação brasileira.

Esse sintoma ocorre nos milhares de municípios, estados e, por fim, no âmbito do famigerado governo federal. Neste caso, as atitudes do atual presidente chega a causar nojo por suas manobras coniventes com parlamentares das duas Casas do Congresso Nacional. Compram-se e vendem-se votos em troca de fortunas inimagináveis para aprovação de atos do Executivo.

A impressão é que a contaminação de atos corruptos e não apenas envolvendo dinheiro em espécie, flagrado aos milhões em apartamentos, dentro de cuecas ou carregado às pressas em mala, corre nas correntes sanguíneas dessas figuras inescrupulosas, que nem desconfiam do fato de serem personas más.

Não consegui ver entre os nomes mencionados alguém que tivesse algum traço carismático ou raras qualidades éticas e morais que os tornem confiáveis minimamente. Todos carregam os estigmas de malfeitorias. Certamente não se exige uma figura angélica, mas ninguém pode ser considerado à altura das exigências e necessidades para garantir uma virada histórica nos procedimentos executivos e políticos.

Infelizmente se candidatam mesmo as raposas políticas viciadas em poder e suas benesses. Vi um deles se submetendo à imposição de mãos de um líder evangélico absurdamente caradura e explorador da inocência da população mais simples e que, infelizmente, precisam se submeter a guias e orientadores espirituais tão falsos quanto uma nota de duzentos reais.

No entanto, mesmo que surgisse um nome com um perfil raro, terá que enfrentar o perverso jogo político em que vale tudo por prestígio e dinheiro. Entre nós, desafortunadamente, presidentes têm infelicitado a nação por atos inconsequentes e irresponsáveis e isso se reflete sobre a realidade que vivemos.

Por último, mas não menos importante, em política os atores se comportam de duas formas: uma antes da eleição e outra, depois. As promessas não cumpridas fazem parte dos negócios em que se envolvem sem o menor pudor. Apostam tudo na fraca memória do povo e na capacidade de enganá-los inventando histórias para boi dormir.

Parece que o último político honesto é personagem de contos da carochinha. Mas não se pode perder a fé de que duzentos milhões de brasileiros um dia despertarão e por que isso não começa a acontecer neste ano em que deverão ser eleitos, no dia 7 de outubro, presidente da República, governadores, senadores, deputados federais, deputados estaduais/distrital.

Será uma pena se os brasileiros cometerem os mesmos erros do passado, votando em indivíduos duas caras. Enfim, se escolherem os piores vão pagar a conta na forma de mais sofrimento, como se não bastasse o que vêm passando. (Carlos Rossini)

 

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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