IBIÚNA – AUMENT0 DOS FOCOS DE INCÊNDIOS NAS MATAS TORNA A POPULAÇÃO APREENSIVA

Os incêndios nas matas do extenso território de Ibiúna [sua área total tem 1058 km2] prosseguem e preocupam cada vez mais a população consciente dos males que isso significa para a natureza e para a saúde, sobretudo no aparelho respiratório das pessoas. Leitores de vitrine online continuam enviando mensagens indicando lugares onde há focos, alguns dos quais se expandem rapidamente.

Hoje fomos a um dos pontos altos da área urbana, onde se localiza a Capela do Bom Jesus. Dali eram visíveis rolos de fumaça branca em diversos pontos.

Nos altos da Vila Lima havia [veja a foto acima, a partir da rua XV de Novembro, no centro], pelo segundo dia consecutivo, via-se por volta das 17 horas imensa extensão da fumaça que prosseguiu noite adentro.

No bairro da Cachoeira, nas margens de um braço da represa Itupararanga, a fumaceira tomou conta do ar e lançou enorme quantidade de fuligem que se espalhou com o vento atingindo as residências próximas. Isso na altura do km 3 da Estrada da Cachoeira.

Na Estrada Campo-Verde-Machado, depois que uma grande quantidade de lixo eletrônico foi jogado na mata na última terça-feira (10), desta vez foi o fogo o motivo a preocupar os moradores locais que condenaram “esses crimes ambientais”.

No sábado (14) noticiamos aqui um incêndio de grande porte que se alastrou pelo Varjão, que margeia a área urbana de Ibiúna. Começou pela manhã e à noitinha já se aproximava perigosamente das residências que se situam na antiga estrada do Porto, na direção de São Roque. Os moradores pediram socorro ao Corpo de Bombeiros de São Roque, mas os vizinhos se juntaram para jogar água com mangueiras no mato a fim de evitar o avanço do fogo.

Vitrine online reitera a orientação publicada no dia 10, por ocasião do incêndio no Varjão. Caso o fogo se alastre e se torne uma ameaça ao patrimônio, pessoas ou animais, telefonem imediatamente para a Defesa Civil de Ibiúna 015 3241-2509 e para o Corpo de Bombeiros de São Roque 01511 4712-3386. Pode-se também ligar para 190 da Polícia Militar que terá agilidade para mobilizar socorro. É importante no momento do contato ter calma e descrever com a maior exatidão possível o que está acontecendo, a fim de que os profissionais que prestam esses serviços possam decidir os procedimentos e o grau de urgência.

Devido ao fato notório do aumento de focos devido à baixa umidade do ar, matas secas por falta de chuvas há mais de dois meses e, ainda, de atos irresponsáveis de pessoas que ateiam fogo na mata, parece oportuno a Prefeitura iniciar uma campanha a fim de inibir esses atos, mostrando tratar-se de um crime ambiental que sujeita os infratores a multas e a processos criminais.

Sabe-se que esses acontecimentos também vêm ocorrendo em outras cidades, mesmo em São Paulo, como aconteceu no entorno do Pico do Jaraguá e outras áreas, mas devemos cuidar do nosso imenso quintal chamando as pessoas à responsabilidade e promovendo uma intensa conscientização popular.

Ainda que vândalos possam ser inevitáveis, ao menos se poderá verificar algum resultado positivo com a atuação da Defesa Civil, Polícia Florestal, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil Municipal e, sobretudo com o apoio proativo de toda a população. (C.R.)

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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