VITRINE ONLINE CONSTATA – ASSALTOS A BANCOS EM IBIÚNA SE REPETEM DE DOIS EM DOIS ANOS

Em pesquisa realizada em seus arquivos, vitrine online constatou uma coincidência considerável: as agências bancárias de Ibiúna vêm sendo assaltadas, com cenas cinematográficas [tiros, explosões, destruição, assustando a população] como aconteceu nessa madrugada, a cada dois anos.

O primeiro ocorreu no dia 9 de abril de 2014, por volta das 3h20, quando três agências foram objeto de assalto: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal [sofreu os maiores danos] e HSBS (atualmente Brasdesco).

[Note-se que as três agências ficam próximas umas das outras, praticamente poucas dezenas de metros de distância, como ocorreu no crime de hoje [Itaú e Santander ficam uma ao lado da outra], na rua XV de Novembro.]

Quando a polícia chegou os bandidos já haviam fugido. Nesse episódio, além das explosões, nenhum tiro foi disparado. No Banco do Brasil o explosivo falhou [foi removido posteriormente por um policial com roupas antiexplosivos do Gate], mas o caixa foi destruído a golpes de alavanca e a porta de vidro estilhaçada.

O segundo aconteceu na madrugada do dia 7 de julho de 2016, entre três e quatro horas da manhã, com a participação presumida de vinte assaltantes. O ruído dos estrondos e disparos de metralhadoras e fuzis assustou a população, mais uma vez. Na ocasião houve disparos em direção ao posto de combustível Naka, que fica no início da rua Pinduca Soares. A agência da Caixa Econômica Federal foi a que sofreu os maiores danos com as explosões. Segundo informações do comandante da PM na época, os bandidos fugiram em oito veículos em direção à rodovia Bunjiro Nakao.

O terceiro, ocorrido por volta das 3 horas da manhã desta quarta-feira (8) teve como alvo duas agências bancárias [Itaú e Santander], na rua XV de Novembro e também uma joalheria localizada no interior do Shopping da cidade. Entre as muitas reações de moradores nas proximidades do assalto, um homem chegou a postar: “Misericórdia, estão explodindo tudo por aqui!”

Em nenhuma dessas situações se soube o montante de dinheiro levado pelos ladrões e, nos três casos, nenhum dos seus integrantes chegou a ser preso.

A Caixa Econômica, depois do último assalto em 2016, substituiu todos os caixas eletrônicos por outros com blindagem especial, com objetivo de evitar que os assaltantes tivessem acesso a eles, mesmo com cargas explosivas. Neste assalto, pela manhã se viam algumas notas de dinheiro tingidas de vermelho espalhadas no chão e a área estava isolada.

MEDO E INSEGURANÇA

Em todos esses casos, a população ibiunense moradora na área urbana acordou com medo e assustada no meio da madrugada, confusa com as explosões e as rajadas de metralhadoras.

Vitrine online avaliou as reações nas redes sociais e constatou duas tendências opinativas: aqueles que denunciam a falta de segurança pública e outro grupo que considera esse tipo de crime, pelo padrão de violência e agressividade, difícil de ser enfrentado. Em nenhuma dessas ocasiões chegou a haver confronto entre policiais e os ladrões, sempre fortemente armados e aparentemente dispostos a tudo e impondo terror.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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