DIA DOS PROFESSORES – AOS MESTRES, COM CARINHO

Devo aos professores/as muito do que sou e guardo deles e delas a melhor recordação possível. Tive a felicidade de tê-los muito bons, num tempo em que ética, valores e moral faziam parte da vida cotidiana dos brasileiros.

Os mestres cumprem uma função primordial de nos tirar das trevas da ignorância e nos levar para a luz do conhecimento. Os professores há muito não são reconhecidos e valorizados como merecem pelo que realizam para a nação.

Na verdade, por questão de ideologia que tenta conservar o status quo, a própria Educação Libertária igualmente é escamoteada do povo. Educar para a vida implica formar pessoas com senso crítico e isso é um péssimo negócio para os governantes que preservam a estrutura do poder que divide a sociedade entre ricos e pobres, entre privilegiados e desvalidos.

Mas no caos moral que vem assolando a sociedade brasileira nesse clima deseducador, os professores vêm sendo vítimas das mais brutais forma de violência de que se tem em conta, além de serem mal remunerados e terem que se desdobrar no dia a dia, para cumprir sua função.

As salas de aula, mas não se pode generalizar, se transformaram num local de desrespeito físico e psicológico entre colegas, assim como contra os professores. A questão da sexualidade também passou a fazer parte da meleca cultural que assola nossa realidade cotidiana. Por isso mesmo, assistimos a cenas chocantes, se não pessoalmente, nos programas televisivos ou nas postagens feitas nas redes sociais e pelo wathsapp.

É uma vergonha o que vemos diariamente a decadência moral fora de controle por incompetência sequencial dos governantes, das instituições com péssima e justificada reputação e os professores pagam um tributo elevado porque eles constituem, como sempre, a esperança para as crianças e jovens que são os sujeitos da aprendizagem.

Lecionei por vinte e cinco anos na universidade e tenho a consciência tranquila que proporcionei a milhares de estudantes o meu melhor para ajuda-los a despertar, desculpam dos seus limites culturais, para a importância do conhecimento e da sabedoria para o bem viver na comunidade humana.

Quero, com essas linhas, homenagear e manifestar meu amor e gratidão a todos os meus colegas – desde aqueles que alfabetizam as crianças e, assim, proporcionar-lhes condições de serem pensantes autônomos, àqueles que contribuem para formar profissionais para todas as áreas, todas imprescindíveis para a constituição de uma sociedade saudável.

Se hoje consigo escrever estas linhas, pensar com autonomia, discernir entre o certo e o errado, cultivar valores imprescindíveis para ser um cidadão de bem, e mesmo meditar todos os dias sobre as coisas acontecidas, que acontecem e que poderão ocorrer, devo, decisivamente, a todos os mestres que cruzaram meu caminho e me ensinaram a amar e respeitar o próximo. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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