MILHÕES DE ABELHAS MORTAS EM IBIÚNA – MAIS DE 72 HORAS DEPOIS DO INÍCIO, ESPÉCIMES CONTINUAM A MORRER

Passadas mais de 72 horas da irrupção da morte de milhões de abelhas no bairro do Piratuba, no município de Ibiúna, iniciada na manhã da última quarta-feira (12), a mortandade continuava acontecendo nas proximidades das colmeias.

O fenômeno foi verificado ao longo de uma faixa de 10 km, onde se encontram diversas colmeias, a cerca de 100 metros de uma das margens da represa Itupararanga, onde se encontra a Prainha de Piratuba, muito frequentada por banhistas nos fins de semana.

Esse fato causou estranheza para o biólogo Bruno Alleone, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Ibiúna. Já o que mais chamou a atenção da veterinária Luciane Massumi Nakaoka, da Secretaria da Agricultura, foi a quantidade de espécimes mortos.

Na manhã de ontem (15), ambos foram ao local e fizeram uma vistoria acompanhados do apicultor João Adão Moreira Leal, que denunciou o fato por meio de vitrine online, e de seus dois filhos.

A inspeção na área durou cerca de quatro horas, quando foram retiradas três amostras da água, de terra úmida da margem e de abelhas ainda vivas, mas em processo de morte.

Também tiraram fotografias. O material foi guardado em um refrigerador, até que seja levado a um laboratório especializado, para a descoberta da causa dessas mortes.

FENÔMENO SURPREENDE

A morte de milhões de abelhas repentinamente pegou até mesmo as autoridades ligadas ao meio ambiente e setor de zoonoses de surpresa. “Não tenho informação ou conhecimento de que esse fato já tenha ocorrido em Ibiúna”, declarou  Luciane Nakaoka à vitrine online na manhã de hoje (14).

Tanto o biólogo quanto a veterinária ressaltaram que é preciso esperar os resultados dos exames biológicos para se definir a causa, já que, com a grande reação provocada pela notícia, houve muitas suposições: águas da represa, uso de agrotóxicos, calor intenso e até de uma possível árvore cujas flores conteriam algum tipo de toxina fatal para as abelhas, que são muito sensíveis. Mas, somente com os resultados das análises científicas se poderá saber a causa efetiva da mortandade das abelhas.

O esforço de Luciane Nakaoka está concentrado em encontrar um laboratório que faça exames específicos em abelhas, a fim de que as análises possam ser realizadas no tempo mais breve possível. (Carlos Rossini é editor de vitrine online)

 

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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