IBIÚNA – PRAÇA MONSENHOR ANTÔNIO PEPE É UM BÁLSAMO NO CENTRO DA CIDADE

O prédio do Fórum da Comarca de Ibiúna foi construído há 123 anos, para servir de Delegacia de Polícia e Cadeia Pública. Não se tem notícia de que no longo período em que funcionou, como unidade da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, tenha recebido algum criminoso ilustre.

Mas há pelo menos um fato pitoresco. Numa época em que fazia muito frio na cidade, um preso teria chamado o carcereiro de nome Aracaí e feito um pedido.

— O senhor pode me arranjar mais um cobertor, tá muito frio?

Aracaí então teria enchido um balde de água fria e jogado no prisioneiro, que morreu no dia seguinte, o que provocou grande repercussão na cidade.

Naquela época o terreno em volta da Cadeia Pública era de terra batida e ali a garotada jogava pião, bolinha de gude, bola, conta o historiador da cidade José Gomes Linense.

O nome da praça era João Pessoa (1878-1930), sobrinho do presidente da República, Epitácio Pessoa. Foi advogado e político e presidente da Paraíba. Recebeu o atual nome – Praça Monsenhor Antônio Pepe –, depois que o religioso morreu.

LAZER, DESCANSO, NAMORO

Atualmente, em seus bancos embaixo da sombra de magníficas árvores, a praça é local de lazer, descanso na hora do almoço e ponto de encontro de jovens estudantes e namorados.

Aos sábados, há uma Feira de Artesanato que funciona com barracas de pastéis que atraem moradores e turistas.

A feira foi criada pelo então diretor de Cultura do Município, José Gomes Linense e Walmir Rolim de Freitas, ao mesmo tempo em que montaram a Casa da Cultura que, por desleixo da municipalidade, acabou sendo fechada.

Ao contar e narrar esse fato, Linense, com mais de 80 anos, garante que vai abrir um novo museu, a fim de reunir peças importantes para a história do município.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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