ELEIÇÃO DE UMA MULHER PARA O CARGO DE PREFEITO PODERIA MUDAR A HISTÓRIA POLÍTICA DE IBIÚNA
A melhor notícia que poderíamos dar em relação às eleições municipais de outubro de 2020, seria a participação de uma mulher para o cargo de prefeito. Talvez a presença de uma mulher no Executivo pudesse fazer uma grande diferença, já que nunca tiveram a oportunidade de ocupar esse importante cargo, e as administrações dos homens deixaram e deixam muito a desejar.
A mulher possui qualidades que para os homens ainda faltam no trato humano imprescindíveis para gerir com sensibilidade nosso município. Os homens conservam estereótipos machistas muito arraigados, sobretudo na forma como se relacionam com os munícipes e como enfrentam os problemas. Falta-lhes, por exemplo, a delicadeza feminina de encarar a vida, essencial para entender as reais carências da população.
Em toda a história política ibiunense, registram-se dois momentos em que uma mulher se dispôs a ocupar essa função. A primeira foi a Dra. Margarida Giancoli, médica ginecologista muito respeitada na cidade, que atua em sua profissão no Posto de Saúde do Paiol Pequeno. Ela foi candidata a vice-prefeita na chapa do ex-prefeito Zezito Falci, em sua primeira candidatura, mas não foram eleitos.
No ano 2000, aí sim, pela primeira vez, surgiu uma mulher candidata para esse cargo, Dra. Ruth Maria Canto Cury, que atua como advogada na cidade. Seu vice, também, advogado, foi o Dr. Sérgio Leite. Cury obteve pouco mais de 2.000 votos e ficou em terceiro lugar nos resultados eleitorais daquele ano.
Cury disse à vitrine online que, na ocasião, sofreu muito preconceito pelo fato de ser mulher e, talvez, isso explique a razão de somente as duas terem se candidato e não se ter notícia até agora de que haja uma mulher como possível pré-candidata a 2020.
A eleição de uma mulher ao cargo de prefeito representaria uma importante quebra na tradição em que somente homens se candidatam.
Cury avaliou que a mulher reúne qualidades importantes que, muitas vezes, não são determinantes na atuação dos homens.
“As mulheres têm mais garra, são mais organizadas, vão até o fim no trabalho que iniciam, são mais persistentes e, especialmente, mais honestas, e mais difíceis de serem corrompidas.” (Carlos Rossini é editor de vitrine online)