IBIÚNA – PROFESSORA AFIRMA QUE ‘SE A LEI FUNCIONASSE, NÃO VERÍAMOS TANTOS ABSURDOS NA CIDADE’

“Hoje nós, professores, estamos passando por uma situação que há meses outros funcionários vêm vivendo. Meu pai também é servidor efetivo e todo mês paga suas contas atrasadas, com juros que causam um desfalque no seu orçamento. Multa?

Se realmente a lei funcionasse na nossa cidade não presenciaríamos tantos absurdos. Meu sobrinho está no 2º ano do ensino fundamental e tem semanas que não frequenta a escola por falta de transporte escolar. Olha que isso nem é novidade, parece até que se tornou habitual.

Cadê a lei? Minha irmã foi avisada para comparecer na escola retirar atividades. Então agora o ensino é a distância?  São tantos absurdos e abusos. E a questão do veto do 3º atestado médico? Não encontrei na CLT a parte em que diz que o 3º atestado médico dado dentro de um mesmo mês não deve ser aceito, nem muito menos que o profissional deva ficar com injustificada ou desconto de salário por conta disso.  E agora para completar a barbárie, até as declarações médicas são indeferidas.

A administração faz suas próprias leis aqui em Ibiúna. 

Não basta trabalhar doente, temos que nos acostumar com falta manutenção das escolas, a falta de recursos, de materiais, de mobiliários básicos, enfim… Quando solicitado/reclamado qualquer coisa o que ouvimos é que a prefeitura não tem dinheiro para nada… E de fato o dinheiro acabou… não sobrou nem para nosso pagamento.  A prefeitura realiza uma matemática onde só a população fica com os débitos…   Está complicado…  

Verdade que problemas atuais são consequências de outras gestões, também verdade que várias situações já foram vividas em outros mandatos…, mas por conta disso podemos deixar e aceitar a viver neste caos? Temos que nos conformar? ABSURDO… Nossa cidade parece estar abandonada… Saúde, Transporte, Manutenção da limpeza urbana e Educação, difícil dizer quais delas ocupam o topo da calamidade.”

 

Luana Maria Ferreira Fernandes é professora em Ibiúna.

Carlos Rossini

Carlos Rossini é jornalista, sociólogo, escritor e professor universitário, tendo sido professor de jornalismo por vinte anos. Trabalhou em veículos de comunicação nas funções de repórter, redator, editor, articulista e colaborador, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, Diário Popular, entre outros. Ao transferir a revista vitrine, versão imprensa, de São Paulo para Ibiúna há alguns anos, iniciou uma nova experiência profissional, dedicando-se ao jornalismo regional, depois de cumprir uma trajetória bem-sucedida na grande imprensa brasileira. Seu primeiro livro A Coragem de Comunicar foi lançado na Bienal do Livro em São Paulo no ano 2000, pela editora Madras.

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